Mas vejo que o mesmo nome de Esperanças de Portugal lhe poderá com razão suspender o gosto, assustar o desejo e embaraçar os mesmos alvoroços em que o tenho metido com estas esperanças: Spes qae differtur, affligit animam, disse a Verdade divina e o sabe e sente bem a experiência e paciência humana: ainda que seja muito segura, muito firme e muito bem fundada a esperança, é um tormento desesperado o esperar."
Padre António Vieira, História do Futuro, Tomo I, Capítulo II
“Todos nos cansamos em guardar Portugal dos Castelhanos, e devêramo-nos cansar mais em o guardar de nós. Guardemos o nosso Reino de nós, que nós somos os que lhe fazemos a maior guerra (…) “.
(do “Sermão pelo bom sucesso das nossas armas”, pregado em 1645)
“Sabiamente falou quem disse que a perfeição não consiste nos verbos, senão nos advérbios; não em que as nossas obras sejam honestas e boas, senão em que sejam bem feitas”.
(do “Sermão do primeiro domingo do Advento”, II, pregado em 1650)
Fernando Pessoa, na Mensagem (3.ª Parte, II, 2.º), chamou-lhe "Imperador da língua portuguesa":
“O céu 'strela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também”.
4 comentários:
Olha quem é ele... O MEU Padre! Sabes que aqui há uns três meses tive um caso com ele, daqueles de ir para a cama e tudo... andou comigo a todas as horas, apresentei-o a todas as minhas amigas, foi motivo de ciúme... escrevi-lhe e tudo, ouvi os seus sermões todos e citava-o a toda a hora... mas depois vi que aquilo não tinha pernas para andar e dei por encerrado o caso... Confesso que não tive muita pena, mas agora bateu-me a saudade!
beijinhos
Ai, Sofia, isso foi quase um caso sério!
Beijo
Olha, este blóguio virou irodito...
Vai lá ao meu estaminé, tens o teu primeiro desafio blogosférico.
bjs
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