quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aposto que ainda não pica








Tudo o que é pequenino tem graça, não é?

Recebido por e-mail.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Este blog não tem um letreiro a dizer "Trespassa-se", pois não?

Não está para trespasse, não senhores. Este blog não vai mudar de ramo e muito menos passar a ser uma loja de chineses. Não tenho nada contra, mas no meu blog não, se fazem favor. O que não falta aí são lojas a fechar ou antigas sucursais da então Nova Rede à espera de novos ocupantes.
Não vinha aqui há que tempos, porque me dava muito trabalho apagar aqueles comentários todos cheios de caracteres chineses e pseudo-inglês macarrónico - e ainda andam por aí alguns...
Se souberem o que posso fazer para acabar com esta invasão, por favor digam-me. Obrigada.

Logo de manhã

Paro num sinal vermelho. Ou encarnado, como queiram. Lá à frente, na passadeira, há malabares pelo ar. É um rapaz de rastas compridas e olhos claros, com um enorme sorriso.

Hoje não está o acordeonista, nem a mulher que costuma mostrar um coto de braço aleijado.

O sinal muda para verde. O malabarista afasta-se sem pedir nada a ninguém. Os carros seguem com caras sorridentes, supresas, lá dentro.

P.S. ou whatever: A procurar no Google uma imagem para aqui, encontrei isto. Afinal, esta história é também um exemplo da globalização...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Na era da alta tecnologia

Como se ainda precisassem de sofrer mais, as pessoas já fragilizadas pela doença que tiveram, têm ou temem venha a ser-lhes diagnosticada, têm que fazer exames dolorosíssimos. Muitas vezes, a dor é mais psicológica do que física, principalmente para quem pode pagar o luxo de uma anestesia, já que esta não é comparticipada.
Enquanto escrevo, a minha Mãe está a fazer um desses exames. O primeiro que fez, sem anestesia porque a informaram mal na altura, foi, segundo ela, “pior do que ter um filho”. Desta vez é com anestesia, graças a Deus. Disse-me há pouco o anestesista que ela não vai sentir nada e que está muito bem disposta e nada ansiosa.
Mas não é do exame propriamente dito que quero falar, mas sim da preparação que obriga os doentes a estar dois dias quase sem comer, e, no segundo, a beber quatro litros, sim, 4!, um garrafão de 5 litros menos um bocadinho, de um líquido asqueroso.
Hoje, tal como em Janeiro, a minha Mãe teve de começar às 7 da manhã nisto, um copo de 15 em 15 minutos. Quando me levantei, perto das oito, já ela estava enjoadíssima, com vómitos só de pensar no sabor daquilo. E a minha Mãe não é esquisitinha, nem niquenta, nem fiteira. É porque aquilo deve ser realmente horrível.
Aqui do hospital, disseram que se podia juntar umas gotas de limão e pôr no frigorífico, para disfarçar o sabor. A Mãe tentou, mas nem assim conseguiu tomar aquela porcaria até ao fim.
Será que os laboratórios, no século XXI, não podem pôr um sabor menos mau naquilo? Custa-me a acreditar. Temo que não seja por impossibilidade técnica que não o fazem. Talvez só falte aos cientistas, aos técnicos, pensar mais nas pessoas, imaginar-se no lugar delas, fazer o melhor possível, como se fosse para as suas mães, ou para os seus filhos, como se o fizessem para alguém a quem amam.

Agora, parece-me que o exame já acabou. Acho que vi o médico lá ao fundo a passar.
Resta-nos aguardar que o resultado, desta vez, não nos assuste. Os laboratórios parecem continuar a não se ralar. Mas, depois de tudo isto, depois da operação em Fevereiro, Deus vai achar, como nós, que a minha Mãe merece continuar sossegada.
- Ouviste? Por favor…

…………………………………………….

A Mãe saiu a rir lá de dentro, com uma enfermeira amorosa, que nos “mandou” jantar. A seguir saiu o médico e confirmou: "Está tudo bem. Não há qualquer ameaça."
Tudo está bem quando acaba bem.

- Obrigada.

_______________________
(Este post foi escrito na passada 6ª feira, 18/9, e era para ter sido então publicado, mas fiquei sem internet depois de me ter armado em esperta, a tentar configurar o computador para uma rede wireless no hospital, que não cheguei a perceber se havia…)

sexta-feira, 31 de julho de 2009

"Be kind."

O concerto de Leonard Cohen, de ontem, foi memorável. Durante quase três horas, o homem de 74 anos, como só ele sabe, aparentemente envelhecido só por fora, ofereceu-nos, acompanhado pelos seus excelentes músicos e coro, grande parte das suas canções que fizeram história, ou pelo menos fizeram histórias nas vidas de muitos de nós. Para além da música, para além das músicas e das letras, Cohen mostrou ao público emocionado uma coisa que os portugueses parecem ter esquecido: a humildade que só tem quem é verdadeiramente grande.

Mostrou humildade, de todas as vezes que se ia baixando até pousar no chão um dos joelhos e continuava a cantar assim;
E sempre que nos deixou vê-lo de pé, ao microfone, as pernas um pouco bambas, a imagem de um velho como tantos por esse mundo fora;
E ao dar o merecido destaque a cada um dos seus músicos, escolhendo palavras bonitas para os apresentar e baixando depois profundamente a cabeça numa reverência demorada;
Quando disse sentir-se honrado por cantar ali, para nós, ele que, em 50 anos, cantou em todo o lado para milhões de pessoas;
E também quando, amorosamente, nos deu um conselho que foi ao mesmo tempo um pedido, um pedido único de um pai preocupado, aliás a única coisa que pediu ao público: “Be kind”.

Para quem teve a sorte de lá estar, o concerto de ontem pode ter o efeito de uma boa homilia. Pode fazer de nós pessoas melhores. Pode fazer com que passemos a ser mais amáveis, gentis, bondosos, simpáticos, “kind”, enfim. Basta querermos. E pensarmos que Leonard Cohen, o poeta-cantor muito famoso o que acha mesmo importante é que as pessoas sejam “kind” e por isso no-lo pediu. Podia ter-nos pedido palmas, ou que cantássemos com ele, e não o fez. Fizémos tudo isso mesmo sem ele pedir, mas se o tivesse feito, teríamos certamente cantado mais e mais alto e batido ainda mais palmas. Mas não, ele apenas nos pediu “Be kind”.
Com a sua idade e a sua experiência, Cohen aconselha-nos apenas a sermos bons.

Durante aquelas três horas, ele foi um exemplo do que é ser “kind”. E sorriu quase sempre.
Thank you for your kindness, Mr. Cohen.
Tirei fotografias com o telemóvel, mas não consigo descarregá-las. Por isso, tomei a liberdade de usar esta, da Rita Carmo, do BLITZ, devidamente identificada. A propósito, não comentei o concerto propriamente dito, porque o que gostaria de ter dito está precisamente no BLITZ.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amigos, fãs, ou... "whatever" ou A Insustentável Leveza da Palavra "Amigo"

O Facebook é uma coisa incrível: para além de ficarmos todos a saber quem é amigo de quem, que o Zé tem mais amigos que o Manel, que as amigas da Mariana são giras e que as da Leonor são mais assim-assim, que há gente que acha, ou quer que os outros achem que tem 3427 amigos, ainda tem aquelas coisas dos grupos e das “Causas”. Divulgando-as, ajuda a congregar esforços em prol dessas causas, lembrando-nos que o meramente "social" pode ter uma vertente humanitária, o que é muito positivo.

O FB permite-nos voltar a encontrar gente que perdêramos de vista há anos, desde que saímos do liceu ou da faculdade, desde que mudámos de emprego, ou alguém que simplesmente foi viver para longe ou deixou de passar férias na nossa praia. Ou pessoas que simplesmente mudaram de telemóvel e nunca mais deram sinal de vida, e de quem, para falar verdade, realmente nunca mais quisemos saber, são agora nossos amigos no FB! E isso é um bocadinho bizarro.
Muitas pessoas acham normal ser amigas de outras no FB, para quem, na vida real, fora do écran do lap-top, se estão verdadeira e completamente nas tintas, ou, simplesmente, não conhecem de parte nenhuma. No fundo, no fundo, são mais pessoas, apenas números a somar aos seus outros “amigos”. E ter muitos “amigos” é bom. E se forem "beautiful people" ou tiverem nomes sonantes, melhor ainda. Ou não?

“Amigo”, mas só aqui no Facebook, pode ser uma (ou mais) destas coisas: íntimo, só conhecido, amante, colega de trabalho, mãe do coleguinha da filha lá na escolinha, cliente ou fornecedor de qualquer coisa, mulher ou marido, ou ex-namorada ou ex-namorado, ou ex-marido ou ex-mulher, ou actual namorada ou namorado, grupo ou associação, muito, muito amigo ou só assim-assim, conhecido quase ou mesmo só das revistas do “socialite”, amigo da onça, prima do amigo do outro que é cunhado de uma amiga muito amiga, patrão ou empregado, membro de uma família real (que fica sempre bem), senhorio ou inquilino, cantor ou actriz, etc, etc, etc….

E depois, tem aquela coisa extraordinária dos fãs ou seguidores…
E descobrimos que há pessoas que, do mesmo modo, assumem ser fãs de Caetano Veloso, de soldadinhos de chumbo, Sumol de Laranja, Madre Teresa de Calcutá, imperial e caracóis, sapatos XPTO, ou seguidores de um político que já morreu há anos, e, last but not least, de peças de artesanato do Uzbequistão. Ou de Tony Carreira, música de câmara, Zezé Camarinha, ordens religiosas contemplativas, bebidas com gás e refrigerantes “sem borbulhas”, malhas com borbotos, joaninhas bem encarnadinhas às pintas, e camelos que só têm uma bossa por ser deficientes. Estes podem até acrescentar que são não-fãs de dromedários, animais de que, aliás, vá-se lá saber porquê, não gostam nem um bocadinho.
E ainda permite que recebamos dos nossos "amigos" e lhes ofereçamos, se nos apetecer, os mais diversos presentes virtuais: desde sorrisos a ramos de flores, de bençãos a ursinhos de peluche, abraços ou chocolates, energia positiva, bolos de anos, sei lá, uma panóplia incalculável de "tralha"...
A propósito:
- Ninguém espere que lhe envie uma benção (!) ou... um urso de peluche virtuais, simplesmente porque acho essas coisas disparatadas.
- Aliás, os meus amigos no Facebook, todos eles meus amigos fora da internet, de quem eu gosto, seja por que motivo for, conhecem-me o suficiente para não esperar receber de mim esse tipo de coisas, e sabem que, sempre que me apetecer, lhes mandarei uma mensagem só para saber como estão ou para mandar um beijinho;
- Recuso-me a ser fã ou seguidora de coisas "parvas", mesmo que goste muito delas, como é o caso de chocolate preto ou uma loja, por mais fantásticos que possam ser. Poderei ser fã de um actor, por exemplo, e se aceitar ser seguidora de alguma coisa, que seja de uma causa em que acredito.

Apesar de tudo, o Facebook tem graça quando não há mais nada para fazer, lá isso tem. E é mais rápido do que o blogue, mais fácil de mexer, e mais interactivo. Há mais "movida", enfim.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Tourada




Pois fiquem sabendo, em exclusivo, o que o ministro estava a dizer:

"Ó Bernardino, sempre vamos logo ao Campo Pequeno?"

(Por isso fez aquele gesto taurino).

E as pessoas, chocadas com aquilo, já nem repararam na resposta do outro:

"Não vale a pena, isto aqui já é uma tourada!"



E pronto, no fim de tudo, não cortou orelha nem rabo e saiu de fininho pela porta pequena, enquanto a corrida continuava sem brilho. Até ao fim, o inteligente não teve coragem de pedir mais música.


* Fotografia SIC, "gamada" no Facebook

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pilhas

Não vejo a luzinha do costume. E a porta não abre. Carrego outra vez no comando. Nada de luz. Nem de abrir. Mais uma vez. Nada. Tento outra vez o comando. E ainda outra, e outra. Ná… Entretanto, está um calor horrível, e o cabelo cola-se-me ao pescoço. Procuro o leque. Estou de pé no passeio e, como sempre, na carteira nunca encontro nada. Tento abrir o carro outra vez. Agora precisava de despejar a carteira em cima do banco do lado. E, depois de me abanar com o leque, iria para casa já com o ar condicionado ligado. Mas a luz não acende e as portas continuam sem abrir.
Quero ligar para a “assistência em viagem”, mas também não encontro o cartão com o número… e não me lembro de olhar para o pára-brisas, onde está o selo do seguro com o número bem visível.
Resolvo ir a um café onde me possa sentar e procurar o que me faz falta dentro da carteira. Finalmente, já com um café à minha frente, descubro que afinal o leque não consta (não faço ideia de onde possa tê-lo deixado) e, depois de muito procurar entre os cartões, encontro o número da assistência.
Depois de dizer a matrícula do meu carro a quem me atende, informo que o comando não funciona e as portas não abrem. Pergunta-me: “Não será falta de pilha?” Se calhar, mas nunca me tinha acontecido. E acrescenta: “E com a chave, a fechadura não abriu?”
A primeira coisa que me passou pela cabeça foi que, se ao telefone estivesse um homem, pensaria logo em cartas que saem na farinha Maizena, e outras histórias cretinas de mulheres ao volante...
Dei uma gargalhada e respondi: “Tem razão, as chaves sempre serviram para abrir fechaduras, mas há séculos que não abro um carro com chave…”
Ela não se riu e ainda acrescentou: “Se também não conseguir com a chave, ligue-nos outra vez”. Muito profissional, sim senhora.


Isto tudo foi ontem ao fim do dia. Depois fui substituir a pilha, sim. A do comando.
(E sim, volto aqui para contar isto mais de um mês depois do último post publicado. Preciso de férias. É já a seguir. Para a semana!
Será que volto menos distraída?
Bjs)

terça-feira, 21 de abril de 2009

D' Artagnan

A Medeia costuma ser exigente, nomeadamente na selecção dos filmes que exibe. É pena que a exigência de qualidade não seja extensiva às legendagens.
Fui ao King ver o “Almoço de 15 de Agosto”, um excelente filme, por sinal.
Mas logo nas primeiras cenas, em que o protagonista lê alto para a mãe "Os Três Mosqueteiros", as legendas oferecem-nos, por duas vezes, uma verdadeira pérola: "DARTACÃO" em vez de D’Artagnan!
O responsável pela tradução e legendagem é certamente da geração que viu aqueles desenhos animados e que se calhar até tem a música do genérico como toque do telemóvel... Mas, sinceramente, não há desculpa para tanta ignorância!

Só no Google, há 1.160.000 (a sério, vi mesmo agora) resultados para D'Artagnan, e no primeiro que aparece, da Wikipedia, lê-se: "Na literatura... foi uma das personagens mais importantes do escritor Alexandre Dumas. D'Artagnan é considerado o quarto mosqueteiro, já que os três seriam Athos, Aramis e Porthos. Proveniente da Gasconha, chega a Paris com o ideal de uma nova vida e acaba se envolvendo em uma série de aventuras."

Será que quem chama Dartacão a D'Artagnan também acha que este era um "moscãoteiro"?

Pobre Dumas!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Duas notícias de hoje

Injustiças e faltas de respeito são as duas coisas que mais me tiram do sério. Por isso, acho inacreditável isto: como é possível que se diga aos desgraçados que sofreram um terramoto, ficaram sem pessoas que lhes eram queridas, sem casa e sem nada, e que agora vivem em tendas da protecção civil "façam de conta que isto é um fim-de-semana num parque de campismo"? Sem comentários...
Apesar de tudo o que vemos e sentimos, continuo a acreditar que é nobre o serviço público. Pelo menos como o entendo e como tento prestá-lo. O problema é que muita pouca gente o entende assim, e muitos políticos também não querem saber. As mais das vezes, estes servem-se do serviço público em vez de servir o público com o seu serviço.
Gostei de saber que um actor do "Dr. House" troca a arte da representação pela arte do serviço público, mesmo com ordenado menos chorudo. Eu sei que é para trabalhar com o Obama, mas mesmo assim é de louvar, não acham?

quinta-feira, 26 de março de 2009

Sem truques nem pressas

Na 3ª feira, decidi começar dieta rigorosa, porque, no dia 13 de Abril, deixo de fumar. A minha média de cigarros já baixara de 20 para 10/12 nas duas últimas semanas. Nada mau. E estava tudo bem encaminhado. O meu jantar ia ser uma saladinha, volumosa mas muito leve, eventualmente desconsolada. Parecia um bom começo.
E foi, mas não foi nada assim.
Um amigo, que mora a duas horas de distância e que eu não via há muito tempo, ligou a dizer que estava cá e a convidar-me para jantar. É claro que eu fui. E claro que, sendo o P. um dos maiores gourmets/gourmands que conheço, o jantar foi excelente. Obviamente, estivemos horas à mesa e comi, bebi e fumei muito mais do que seria suposto - dieta e menos tabaco podiam esperar mais um dia.
Mas não me arrependo nem um bocadinho. Foi tão boa a conversa-de-pôr-a-vida-em-dia…
Ontem comecei então a dieta e os cigarros passaram a ser menos outra vez.

Os amigos são o melhor que há. Mesmo longe, estão sempre lá para nós, e quando os revemos depois de muito tempo parece que ainda há dias estivemos juntos e conversamos sem truques nem pressas, rimos quase sempre muito, e choramos, também muito, às vezes. Desculpam os nossos erros e conseguem até achar-lhes graça, entendem-nos e aceitam-nos como somos, mesmo quando nós próprios temos dificuldade em nos entender…
Os melhores de todos os amigos são os que juntam tudo isto. E esses, poucos mas muito bons, é que não podem nunca ser adiados.

sábado, 14 de março de 2009

Magia!

Recebido por e-mail.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Book das faces

Para quem dizia não achar piada ao Facebook - espécie de Big Brother, cusquice até dizer chega, blá-blá-blá, não está mal, não senhor. Acabo de andar por lá, divertida. E pronto, assim se passam 2 horas e tal, sem fazer nada de especialmente útil. Mea culpa.
E agora vim aqui só para dizer isto, que é como quem diz, encher chouriços.
Se alguém me está a ler, vai pensar: "Então porque vieste? Se calhar, devias era dedicar-te à pesca, ou - já viste as horas? - ir dormir, ou assim... ?"
Pois, é melhor ir dormir, não é?
Boas "nôtes".

terça-feira, 10 de março de 2009

Calmaria

A minha Mãe adora o Verão, a praia e o mar, mas resistira sempre ao convite, porque tinha medo de enjoar. No Verão passado, finalmente, o Pica convenceu-a a ir dar uma volta de barco até Sagres. Não enjoou, e adorou, claro!

Algumas das fantásticas fotografias desse passeio (da nossa querida Felipa, fotógrafa oficial deste blogue) ilustram o que a Mãe deve ter sentido desde o dia de Dezembro em que soube estar doente até hoje, dia em que oficialmente soube estar curada!
Depois de praias paradisíacas, de repente o mar alto, revolto, ameaçador, junto ao cabo de São Vicente;
a seguir, no regresso, vento ao contrário, e salpicos a tornarem-se dilúvio, obrigando-a a encolher-se de frio dentro do oleado;
Pouco tempo depois, era o regresso à calmaria. A Rocha Negra, de que a minha Mãe gosta tanto, de que o meu Pai gostava tanto, lá estava à sua espera.

O susto passou. O médico confirmou aquilo que todos esperávamos: passou tudo, não é preciso fazer nenhum tratamento daqueles cujo nome quase tínhamos medo de dizer. As últimas análises, segundo ele, são de uma rapariga de 20 anos! A minha Mãe é uma vencedora, a fazer juz ao nome que a Joana lhe pôs há pouco tempo: "Tia Hércules"!
E no Verão que aí vem, e que já se anuncia pelo sol que já temos outra vez, aposto que a minha Mãe vai aceitar outra vez o convite do Pica. Mas as fotografias desse passeio terão legendas diferentes.

O que tem de ser, tem mesmo muita força! E tinha de ser assim. Afinal, Deus não dorme.

terça-feira, 3 de março de 2009

(Afinal) somos felizes!


Quem não leu o artigo com este título na última edição da revista "Visão", pode fazê-lo agora, aqui. Uma sondagem feita sobre a felicidade dos portugueses, que pode ver também aqui, mostra que afinal somos felizes. "Mais de 73%... consideram-se felizes. Família, amor, saúde e amizade" são o mais importante.

Quando tudo nos fala de crise, e, de uma forma ou de outra, acabamos por senti-la na pele, é bom recordar e convencermo-nos de uma vez por todas que afinal podemos mesmo ser felizes apesar de tudo.

Não viajamos tanto como gostaríamos, ou não viajamos de todo há já muito tempo, ganhamos pouco e cada vez mais o ordenado estica menos, mal chegando até à chegada do do mês seguinte. Temos menos poder de compra. Livros, discos e flores, por exemplo, deixaram de entrar como entravam nas nossas casas, e nós quase deixámos de sair de casa para ir jantar fora porque o dinheiro passou a deixar de dar para essas coisas. Mesmo os saldos não conseguem fazer-nos gastar dinheiro como nos outros anos (disse-se até que os últimos foram dos piores em volume de vendas). O dinheiro simplesmente já não chega para quase nada.

A "Visão" vem agora lembrar àqueles que se tinham esquecido e dizer aos que ainda não tinham percebido, que o dinheiro só por si não traz a felicidade, e demonstrar a todos que a felicidade não se faz de cifrões. É por isso que, apesar da crise, apesar de tudo, os portugueses se consideram felizes. Graças a Deus!, digo eu. Parece que afinal os portugueses valorizam mais os verdadeiros valores (a aliteração é propositada).

No final do artigo, a "Visão" recomenda "12 passos gratuitos, estratégias defendidas pela psicologia positiva, que guiam a caminhada até ao bem-estar".
A estes, junto mais um:
"13º - Sonhar mais."

E ainda me apetece acrescentar que esta é a altura certa para aproveitar pôr em prática a velha "máxima" do "amor e uma cabana"!

Sejamos felizes!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Yes Weekend!

Fim-de-semana grande, graças ao senhor que, certamente por termos atingido altíssimas taxas de produtividade e graças à fulgurante situação financeira da coisa, quer que fiquemos em casa a festejar o Carnaval e que daqui a uns meses lhe paguemos esta magnanimidade com votos.
Só para chatear, não só não fico em casa, como também não lhe dou voto nenhum.
Mas obrigada na mesma.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Fosquinhas do blogue

Se alguém souber o que posso fazer para acabar com este jogo do esconde-esconde em que ando com o meu blogue, agradeço que me diga.
Agora, cada vez que faço um novo post e que abro o blogue “numa nova janela”, não está lá nada. Depois, para encontrar o post, não posso entrar pelo blogue; tenho de ir ao Google, procurar pelo título e… lá aparece o texto que eu queria, todo arrumadinho no blogue.
Experimentei entrar no "Vou pelo Sonho" de outras maneiras, ou melhor, pelos links em blogues amigos. A mesma coisa. O último post que aparece é o "Já passou", de 9 de Fevereiro. Ai que nervos... Só num, no "Falabarata" - e agora não consigo eu pôr link para lá - deu para ver o meu blogue inteirinho.
Neste momento reparo que o meu "blogger" também está estranho: para além de não me deixar fazer o link, também não me deixa pôr palavras em itálico ou escolher tipos de letra, e nem sequer "justificar" o texto, que ainda por cima vai ficar com péssimo aspecto se alguém chegar a conseguir vê-lo.
Estou-me a passar com isto. Já sei que quando publicar este post, que é parvo exactamente por não ser um post, ou melhor, por não ter interesse nenhum, depois não vou conseguir vê-lo publicado no blogue sem antes ter andado num motor de busca à procura de "Fosquinhas...", aliás um título também parvo.
Para evitar que eu desista do blogue por causa destas parvoíces, e porque tenho esperança de um dia, alguma vez, poder vir a escrever alguma coisa com jeito, peço ajuda a quem leia isto (será?): como é que eu faço para acabar com esta cabra-cega que já me está a irritar? Se souberem, por favor,digam-me por e-mail (rosarinhov@netcabo.pt).
Obrigada.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Lindo!

Olhem só - e OUÇAM:



Bons sonhos.

Esquisito...

Fiz um post há bocado, e desapareceu... Tornei a publicá-lo. Nada. Mistério. Procurei pelo título, na caixa "pesquisar no blogue", e ele aparece. Fechei. Tornei a entrar. Nada. Até fui ver se aparecia no Google, pus o título "P'rá frente é que é caminho" e confirma-se: ele existe e consigo vê-lo. Mas onde raio se meteu, que não o vejo?
Se o quiserem ver, escusam de ir ao Google, que já o consegui linkar - vão por aqui.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

P'rá frente é que é caminho!

E pronto: na 4ª feira passada, a minha Mãe já veio para casa e está tudo bem. Depois destes dias em casa a receber os amigos que apareceram para a ver, a fazer cházinhos, a preparar tabuleiros, a pôr flores em jarras, etc. e tal..., ontem já fomos almoçar peixinho fresquíssimo a Alcochete.
E hoje soube-me bem poder deixar a minha Mãe sem grande preocupação, porque ela está realmente bem, e rever os colegas e os cabritos aos saltos no prado. Mas o que me soube melhor de tudo, foi andar na rua ao sol. Como dizia há dias um amigo, é importante dar valor ao que temos. E hoje tivémos sol! Já quase cheira a Primavera.
Let the sun shine in!

O som é mau, mas este é o único vídeo desta música dos muitos que encontrei no Youtube em que se vê que há sol...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Já passou!

Afinal, a minha Mãe foi operada na 6ª feira, dia 6, às 20h. E correu tudo lindamente, graças a Deus!
Já se levanta, está muito bem disposta, embora com fome, já que tem estado só a soro e a chá. Mas há bocado teve direito a um caldo "de doentes", que "só foi melhor que o chá por ter um sabor ligeiramente diferente", e amanhã já vai poder comer comida mais ou menos de gente. O médico disse até que amanhã já vai falar na vinda para casa!
Não sendo um extraterrestre como a do filme, a minha Mãe não é uma senhora de 80 anos comum. Não parece ter apanhado um susto enorme, nem ninguém acreditaria que foi operada há tão pouco tempo. Mas foi!
E eu sei qual é o seu truque: uma fé grande e saudável, uma alegria de viver enorme e... muito amor. Por tudo isto, nos últimos dias, família e dezenas de amigos de todas as idades têm, literalmente, inundado de mensagens e chamadas os nossos telemóveis, e de flores, presentes e gargalhadas, o seu quarto na clínica. Assim vale a pena!
A todos os que "torceram" por ela, desejo sinceramente que cheguem à sua idade com a sua alegria e com amigos como os que ela/nós temos, que vos apoiem como os seus/nossos nos têm apoiado.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Força

Há bocado, a minha Mãe dizia a uma amiga: "Sinto-me a Rainha de Inglaterra. Os telefones não param. Todos os meus amigos, velhos e novos, têm ligado." E com a boa disposição que a caracteriza, acrescentou: "Só ainda não houve nenhum que se oferecesse para ir lá amanhã por mim..."
Afinal, vai ser operada já amanhã ao final da tarde. Se houver alguém interessado em ir lá em vez dela, agradecíamos...
Mas agora a sério: muito obrigada a quem já veio aqui e comentou para nos dar força, e a todos os que têm telefonado e mandado e-mail ou sms. E também àqueles que estão a rezar, mesmo sem dizer nada. Contamos com todos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Avé Maria pela minha Mãe

Avé Maria
Minha Mãe - Avé Maria,
Cheia de graça, tu és.
Contigo tens o Senhor
E tens-me aqui a Teus pés
Bendita és, entre todas
As mulheres que Deus criou.
Bendito Jesus ofruto
Que o Teu ventre acalentou.
Assim te falou o Anjo
Quando humilde, ajoelhada,
Rezavas ao teu Senhor.
Um véu de luz te tapou
Por Deus foste abençoada,
Nesse momento de amor.

Santa Maria, pedimos
Mãe de Deus e nossa Mãe.
Roga por nós pecadores,
Teus filhos somos também.
Agora e p'ra todo o sempre,
Enche-nos da Tua luz.
Na hora da nossa morte,
Vai levar-nos a Jesus.
In "Ousadia", da minha Mãe
Esta Avé Maria foi escrita pela minha Mãe há vinte anos.
Antes deste Natal, a saúde pregou-lhe um susto, que, se Deus quiser, deixará de nos assustar depois do próximo sábado. Na manhã desse dia vai ser operada.
Hoje, venho só pedir-vos que rezem por ela. Temos fé que vai correr tudo bem. Mas contamos também com as vossas orações.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Às Mães

Devemos educar os filhos, claro, e educar é difícil, não acham?
Mesmo sem cantar, quantas vezes não somos assim, nós, as Mães?


Naquilo que achamos importante e que sentimos ser a nossa obrigação transmitir-lhes, não cedemos. E mesmo não cedendo, insistindo nos mesmos princípios anos a fio até percebermos que os filhos já os consideram seus (e eu orgulho-me de já o ter percebido), às vezes podíamos ser bem menos cansativas, não vos parece?
Nota: Este post foi-me "encomendado" por um amigo que me mandou o vídeo por e-mail, e a quem não consigo dizer "não". Se ele fosse meu filho (LOL), teria que o ter dito muitas vezes, o que, aliás, os Pais fizeram de certeza quando ele era pequenino, ou dificilmente seria a pessoa fantástica que é hoje.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Mais um carneirinho


Nasceu a noite passada. Ainda não o vi, mas deve ser parecido com este:

Gosto que gostem deste meu Sonho


Por isso já agradeci ao Pedro, também conhecido por Hucleberry Friend, anfitrião do "Codornizes", ter-me dado mais este prémio, o segundo atribuído este mês ao "Vou pelo Sonho"! Só me faltou ter-lhe pedido licença para quase copiar o nome do seu último post, que se chama "Gosto que gostem deste ninho" ...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Onde chega a trafulhice...

Ele há pessoas muito boas. Muito interessadas no bem-estar dos outros. Olhem só o mail que recebi hoje, mail de uma "Vanesa" qualquer:
"Assunto: You are nominated for a degree

WHAT A GREAT IDEA!
We provide a concept that will allow anyone with sufficient work experience to obtain a fully verifiable University Degree. Bachelors, Masters or even a Doctorate."
Just leave your NAME & PHONE NO. (with CountryCode) in the voicemail. Our staff will get back to you in next few days!"
E deixa um número de telefone dos "States".
Se alguém estiver interessado num Diploma novinho em folha sem ter de queimar pestanas no respectivo curso (ainda por cima agora que parece que fechou a Universidade de cá que também dava disso), é só dizer. Posso vender o contacto da senhora que quer que eu enriqueça o meu C.V. ... E ladrão que rouba a ladrão...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

God Save the King


Congratulations, Mr. President. God bless you, Barack.

Quero acreditar que é um homem sério e que não fez levianamente aquele juramento,
imagino a emoção de toda aquela gente que assistiu hoje em Washington à "Obama Inauguration",
(irrita-me um bocadinho o disparate dos 150 milhões gastos na festa, mas enfim... eu sei que faz parte...)
e a redobrada emoção desta senhora que muitos anos antes cantara também para Martin Luther King,
mas venho aqui hoje outra vez só para perguntar:

Será que eu ouvi mal ou sou mesmo ignorante?
"Aretha Franklin's performance of "My Country 'Tis of Thee" soou-me, com outra letra, igualzinho ao hino britânico!

1 Ano!

O "Vou Pelo Sonho" faz hoje 1 ano e apetece-me voltar a lembrar o poema de Sebastião da Gama que deu o mote para o nome deste blogue:

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos, não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança
naquilo que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
Partimos. Vamos. Somos.

No primeiro dia, para além de transcrever este poema, escrevi dois pequenos textos, e nos primeiros tempos era capaz de fazer vários posts por dia...
Hoje já não me deito tantas vezes tão tarde como há um ano, depois de horas agarrada ao computador. Muitas vezes não me apetece blogar nem visitar outros blogues e "dou-me ao luxo" de não o fazer. Já não vou a correr ver quantos passaram por aqui ou ver quem me leu. Neste momento, não faço a mínima ideia de quantos visitantes tive, porque o Sitemeter diz que foram 8302, mas o outro contador diz sete mil e tal. Já não me dou ao trabalho de tentar perceber porque cá vêm e como fazem para cá chegar.
Fui percebendo, que, mais do que tudo, é o meu espaço, onde, cada vez mais, ponho o que me apetece porque me apetece. Acho que cresci.
Durante este ano, partilhei disparates e emoções e diverti-me bastante. Por tudo isto e pelos amigos que ganhei, sem dúvida, valeu a pena. Obrigada a todos.
Continuo neste blogue, agora com mais calma do que há um ano, enquanto me der gozo estar aqui.
E continuo a acreditar que
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
É claro que não sei se
Chegamos? Não chegamos?
Mas sei que
Partimos. Vamos. Somos.

sábado, 17 de janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Diferenças



Isto é o que se passa na cabeça de um homem e de uma mulher, quando alguém diz:
"Vamos beber um copo logo à noite?"
Foi-me mandado por e-mail, pelo meu amigo P.M.(não, não é o Primeiro-Ministro, cruz-credo!).


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sabe sempre bem


... principalmente quando quem nos dá o prémio é uma entidade idónea. E este prémio, foi-me dado pela Ana, escritora com vários livros publicados e autora do blog Porta do Vento, um dos melhores e mais comentados, dos que visito com frequência. Não é preciso dizer mais nada, não acham?
O facto de ser minha prima, não me parece que venha ao caso, mas, mesmo que viesse, também não seria grave. Não me parece que haja aqui, nem vagamente, sinais de qualquer tipo de peculato ou tráfico de influências. Apeteceu-lhe dar-me este prémio, e fê-lo. E eu gostei. Muito.
Ando preguiçosa, como se pode ver nos últimos posts, nem tenho andado muito "blogosférica" nos últimos tempos. Quem sabe se este "Blog de Ouro" não será um estímulo para escrever mais e melhor...
Obrigada, Ana.
Dizem as "regras" deste prémio, que devemos passá-lo a outras seis bloggers mulheres que consideremos merecê-lo. Mas algumas delas já foram premiadas pela Ana. Para além dessas, só me lembro de mais uma, a Sofia, apesar de ter resolvido fechar o seu "O Meu Cais". E teria muito gosto de passar o "Blog de Ouro" ao "Codornizes", do Pedro, e ao "Lord Broken Pottery", do Ricardo, se este prémio não fosse só para blogs no feminino.

Olhar


Quem me conhece sabe que não minto e que, se o fizesse, os meus olhos me denunciariam. Tenho amigos cujo olhar evito, quando não quero que me leiam a alma. É que, nos meus olhos, conseguem ver todas as minhas alegrias e angústias, a minha raiva ou pena.
Há dias, estive com um amigo que não via há algum tempo. Logo que nos encontrámos, disse-me que eu estava diferente e melhor, porque “já não tens raiva nos olhos”. Achei piada e percebi que de facto mudei.
Mas é verdade, já não sinto raiva, já não passo os dias a dizer mal de tudo e de todos. Porque já não vejo razões para dizer mal. Estou em paz no novo sítio onde trabalho, onde uma emoção pode ser a que a seguir conto:
Anteontem, ia a descer a escada para ir lá abaixo fumar um cigarro sozinha … oiço um tropel de ferrraduras: era o Girassol, o macho cá da Quinta, que em vez de entrar para o estábulo quando o recolhiam à tarde, resolveu dar umas voltas a galope pela Quinta.
Aqui, um animal a correr à solta fora do prado é uma emoção forte…
É que não me enervo meeeeeesmo. Estou a ficar “zen”. Se Deus quiser, vou ficar mais saudável. (Quem quer uma chávena de chá de erva-príncipe?) E melhor pessoa, já agora...

E se eu fosse o "Borda D'Água"? IV

Eu sei, eu sei, já é dia 14 e estava a ver que não conseguia acabar este assunto. Sou mesmo desorganizada, não é? Mas o prometido é devido. Por isso, aqui fica o tempo que fez em Lisboa de 7 a 12 de Janeiro:

Dia 7 - Mais frio, mas sol
Dia 8 - Muito frio, sol aos bocados
Dia 9 - Muuuuito frio; alertas da protecção civil, nevou em muitos sítios onde não nevava há muitos anos
Dia 10 - idem
Dia 11 - Menos frio, e sol
Dia 12 - Menos frio, estava-se bem ao sol em Lisboa

Logo, o que poderemos esperar dos últimos seis meses de 2009?

Julho - Fresquinho (ai a praia...)
Agosto - Frescote, tempo instável (ai a praia... que fiasco...)
Setembro - Mais fresco ainda, o Outono se calhar vem logo no início do mês;
Outubro - Outono a parecer Inverno?
Novembro - Inverno mas menos frio que o de 2008?
Dezembro - Menos frio que o de 2008?

Uff, consegui!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

E se eu fosse o "Borda d'Água"? III

Ontem, dia 6, o sol brilhou todo o dia, certamente para tornar mais agradável a parte final da viagem dos Reis Magos e ainda mais luminosa a sua chegada ao presépio.

Neste dia, dois amigos bloggers, nos comentários do post anterior, ajudaram-me nesta minha tarefa de registar o clima...:

"Parece que Junho vai ter sol", disse o João Paulo Cardoso - que só conheço da blogosfera - do Eldorado (blog que aconselho a quem gosta ou precisa muito de rir, e a quem não gosta ou acha que não precisa para que passe a gostar... e também para que vejam o seu último post, em que dá os parabéns à sua Mãe. Uma ternura. Parabéns, Mãe do João Paulo! )

"Junho solarengo... ", acrescentou o Huckleberry Friend, o meu amigo Pedro - que conheci nos blogues, mas que já conheci mesmo e com quem já conto como meu amigo - do Codornizes, um dos blogues que visito mais, por ser muito, muito cosy. E o Pedro fez até futurologia, sem ver sequer como estará hoje, dia 7 (sim, por que ele escreveu ainda no dia 6): "Julho veremos. Mas pelo andar da carruagem ainda temos neve lá para Agosto ou Setembro... " Não agoires, Pedro! Hoje, 7 de Janeiro, lá para o fim do dia, logo veremos...

E já que prometes "uma visita à quinta um destes dias, com uma cordeirinha que nasceu aqui há uns meses!", fico à vossa espera, para vos mostrar outro cordeirinho que nasceu lá, mas que não é tão redondinho nem tão cor-de-rosa, nem tem olhos azuis como a vossa.

E pronto, acabou o Dia de Reis, acabou o Natal. Já estou a pensar na preguiça que vou ter, como nos outros anos, de tirar as decorações de Natal cá de casa. Gosto tanto de a ver assim... Talvez ganhe coragem no fim-de-semana. Logo se vê. Afinal, cá em casa o Natal não começou em Novembro como nas lojas. Só pus o presépio e as outras coisas no dia 8 de Dezembro, ainda nem fez um mês. E assim sempre faço render o Natal mais um bocadinho.

By the way, deixo aqui uma imagem dos Reis Magos no Presépio (de Andrea Mantegna) gentilmente cedida pelo Pedro, embora ele ainda não saiba que eu lha "roubei".


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

E se eu fosse o "Borda d'Água"? II

É incrível! Anteontem estava disposta a vir aqui todos os dias com este assunto. Mas ontem esqueci-me. Eu tinha avisado que sou desorganizada, mas a este ponto...
Eu só disse "Uma espécie de boletim meteorógico antecipado, que farei aqui durante mais 9 dias, até ao próximo dia 12". Afinal não prometi vir mesmo todos os dias...
De qualquer maneira, aqui ficam as notas de ontem e de hoje:
- Dia 4 de Janeiro - dia enfarruscado, mas sem chuva;
- Dia 5 de Janeiro - ameaça de chuva que não veio, nem uma pontinha de sol e mais frio.
Em Abril ainda não deve dar para ir à praia, e em Maio, se isto for verdade, ainda pior.
Amanhã veremos como vai estar o tempo em Junho. Esperemos que ao menos haja sol!
Aproveito para contar a primeira visita que tive lá na Quinta. Hoje à tarde, o segurança ligou-me: "Estão aqui duas senhoras que dizem que vêm para um baptizado." Não percebi nada. Afinal, eram duas ex-colegas de trabalho do sítio de onde me mudei que resolveram aparecer, a gozar com o facto de eu ter contado do nascimento da ovelhinha! Não pude mostrar-lhes o bébé, mas adorei a visita.
É muito bom saber que deixamos saudades. É como se as saudades que sentimos ou que deixamos servissem para nos lembrar que só as pessoas são importantes. O resto, no fundo, é completamente acessório.

sábado, 3 de janeiro de 2009

E se eu fosse o "Borda D'Água"?

Diz a sabedoria popular que cada um dos primeiros doze dias do ano mostra como será cada um dos doze meses.
Ora bem:
No dia 1 choveu todo o dia. O dia esteve muito escuro e até nevoeiro intenso houve.
No dia 2 foi quase igual, tirando o nevoeiro.
Hoje, dia 3, choveu toda a manhã, mas à tarde, aos bocados, já vimos o sol.
Será que vamos ter um Janeiro muito húmido?
E que Fevereiro vai ser parecido, mas menos escuro?
Março, ao que parece, será melhor, com mais sol, mas é natural, pois começa a Primavera.
Confesso que há anos me apetecia pôr isto à prova, mas a minha desorganização nunca deixou. Os únicos papéis que consigo organizar e manter organizados são os documentos de trabalho e muito poucos mais. Em outros anos, comecei a apontar breves descrições dos primeiros dias de Janeiro mas, ou nunca mais me lembrei, ou depois de muito procurar e acabar por desistir, finalmente encontrei essas notas por acaso quando o ano em causa já tinha acabado.
Hoje deu-me para isto. Uma espécie de boletim meteorógico antecipado, que farei aqui durante mais 9 dias, até ao próximo dia 12. E depois, irei conferindo se a sabedoria popular acerta neste caso.
E se, desta vez, conseguir não falhar, terei conseguido fazer este "exercício", que é apenas uma curiosidade minha já antiga.
Podia-me dar para pior, mas eu avisei, logo no início, que escreveria sempre sobre o que apetecer. E o blogue também pode servir para este tipo de (in)utilidades, não é?

Ainda seremos os mesmos...

"(...) Ano Novo... O engraçado é que - teoricamente - continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos...
Ainda teremos os mesmos amigos...
Alguns o mesmo emprego...
O mesmo parceiro(a).
As mesmas dívidas (emocionais e/ou financeiras).
Ainda seremos fruto das escolhas que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos em 2008...
A diferença, a subtil diferença, é que ..., temos um ano INTEIRINHO pela frente!
Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade, coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos...
365 dias para fazermos aquilo que quisermos... Ou para deixarmos que façam o que quiserem conosco...
Sempre há uma escolha... E, exatamente por isso, façam as MELHORES escolhas que puderem. Sorriam o máximo que puderem. Amem mais. Abracem bem apertado.
Agradeçam por estarem vivos e terem sempre mais uma chance para recomeçar.
Agradeçam as vossas escolhas, pois, certas ou não, elas são as vossas. E ninguém pode ou deve questioná-las.
E gostaria de agradecer aos amigos que tenho.
Aos que me "acompanham" há muito tempo. Aos que eu fiz este ano.
Àqueles a quem escrevo pouco, mas que recordo muito. Àqueles a quem escrevo muito, mas falo pouco.
Aos que moram longe e não vejo tanto quanto gostaria. Aos que moram perto e eu vejo sempre. E aos que, morando perto, mesmo assim vejo pouco.
Aos que me "seguram", quando penso que vou cair.
Àqueles a quem dou a mão, quando me pedem ou quando me parecem um pouco perdidos.
Aos que ganham e perdem.
Aos que me parecem fortes e aos que realmente são.
Obrigado por fazerem parte da minha história."
Este texto, ao qual fiz umas pequeníssimas alterações, foi-me mandado por e-mail pela Cristina, uma prima minha que já foi mencionada aqui, a propósito da minha estadia na Galiza em sua casa. E, apesar de o Ano Novo já não estar por estrear - já lá vão três dias - acho que ainda vem a tempo.