Saí a correr do trabalho para chegar a horas ao médico, a pensar que não passava de hoje perguntar-lhe porque é que nunca se ri. Da última vez que lá estive, em Fevereiro, passou toda a consulta de cara fechada, e eu a pensar que não me lembrava de alguma vez o ter visto sorrir. Receitou-me umas coisas e disse-me que fizesse umas análises.
É um homem dos seus 60 anos, grisalho, de barbicha, e olhos claros atrás dos óculos. Hoje quando lá cheguei, pontualíssima por ter arranjado lugar para o carro mesmo à porta, mal disse à recepcionista ao que ia, ouvi a voz dele:
É um homem dos seus 60 anos, grisalho, de barbicha, e olhos claros atrás dos óculos. Hoje quando lá cheguei, pontualíssima por ter arranjado lugar para o carro mesmo à porta, mal disse à recepcionista ao que ia, ouvi a voz dele:
“Pode entrar já!”.
Hoje não me apetecia vê-lo. No caminho, pensei até mudar de médico, para esta ser a última vez. Tenho alguma dificuldade em falar com gente assim tão séria e estava mesmo com vontade de lhe perguntar a razão de não se rir nunca. Se calhar foi transmissão de pensamento.
Recebeu-me com um ar muito mais simpático do que das outras vezes e um sorriso. E conversou mais e sorriu outras vezes ao longo da consulta. Se não me tivesse dito que estou muito melhor, desconfiava de tanta simpatia. Podia ser do tipo: “Coitada, está tão mal… Deixa-me lá ser simpático desta vez…”
E quando eu disse, ao ver os nomes na receita que passou: “Não acredito: a minha mãe também toma isso!”, ele respondeu: “Desculpe lá..., mas o colesterol não se trata com medicamentos pediátricos!” e ouvi-lhe pela primeira vez umas sonoras gargalhadas.
Moral da história:Hoje não me apetecia vê-lo. No caminho, pensei até mudar de médico, para esta ser a última vez. Tenho alguma dificuldade em falar com gente assim tão séria e estava mesmo com vontade de lhe perguntar a razão de não se rir nunca. Se calhar foi transmissão de pensamento.
Recebeu-me com um ar muito mais simpático do que das outras vezes e um sorriso. E conversou mais e sorriu outras vezes ao longo da consulta. Se não me tivesse dito que estou muito melhor, desconfiava de tanta simpatia. Podia ser do tipo: “Coitada, está tão mal… Deixa-me lá ser simpático desta vez…”
E quando eu disse, ao ver os nomes na receita que passou: “Não acredito: a minha mãe também toma isso!”, ele respondeu: “Desculpe lá..., mas o colesterol não se trata com medicamentos pediátricos!” e ouvi-lhe pela primeira vez umas sonoras gargalhadas.
Se eu fosse este bébé aqui ao lado, isto não se tinha passado!
(*) PDI = P---- da idade
10 comentários:
Ah, mas isso são apenas coisas rotineiras e não se trata de PDI...
Aliás pelas coisas que leio por aqui, pela qualidade dos temas e da escrita, parece-me muuuiiitoooo jovem...!
JP
Obrigada, JP. Bondade sua!
Isso também eu queria. Mas 48 já são quase 50.
Bjs
LOL
Eu também estou às gargalhadas...
PDI? Ainda não conheço...
Beijos muito carinhosos
Ei, R o que é preciso é boa disposição e mainada. deixa lá a pdi que nos dá a todos e, se não dá, é muito mau sinal!
Conheces sim, Sofia: para ti, PDI pode ser Poderosa Diva Imparável!
E é verdade, TCL - antes com colesterol, do que não chegar a PDI.
Bjs às 2.
Tão linda!!! Adorei a adaptação para a miúda!
Mas vocês não se queixem muito que estão óptimas!
beijos
Qualquer
Se isso te consola, o colesterol não é só sinal de PDI... eu tenho-o bem alto, herdado por via genética, e ainda não era maior de idade quando comecei a fazer análises regulares e a tomar porcarias :P beijinhos!
Por momentos pensei estar a ler algo escrito pela minha"tia Adelaide"...mas não era mesmo a mãezinha! Ainda a vou ver a fazer laserzinhos...e a ir ao drº Ricardo bandeirinha...
Bjs
Susana
Tenho um excelente remédio para o castrol alto, prima! É só tomar uns pozinhos de perlimpimpim que eu aqui tenho!
Mad,
uma dealer ao seu dispôr
(LOL)
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