Gaivota, de Alexandre O'Neill
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.
Afinal, isto é o que me apetece hoje. Que diferença, não é?
4 comentários:
E apetece-te muito bem!!!! Adoro isto... olha a lágrima no canto do olho!
Beijos meus e do Limão que te manda muitos pontapés
O meu fado preferido ever!
Ainda hoje vi uma gaivota, pela manhã. E lembrei-me deste blogue, desta entrada, desta amiga. Beijos!
Sofia,
Já tenho saudades tuas e do meu sobrinho Limão!
Mad,
Que honra, prima! Ainda andas mais ausente daqui do que eu. Mas gosto sempre que apareças e, tem piada, o primeiro fado que ponho no blog é logo o teu preferido!
Pedro,
Obrigada por te lembrares de mim hoje logo de manhã!
Beijinhos para os 3, desculpem, 4, com o Limão!
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