Faz hoje uma semana, comecei a ir trabalhar de autocarro. Não o fazia há muitos anos. Ou melhor, não era uma prática diária minha desde os tempos da Faculdade, e, confesso, tirando o impacto dos cheiros que de manhã custam ainda mais a suportar, até nem é mau de todo. A sério que não custa muito. Custa-me mais pensar que, fora algumas saídas à noite, passei a ser uma condutora apenas de fim-de-semana. Andar de transportes nem é assim tão mau, quando, como é o meu caso, temos autocarro directo casa/trabalho e vice-versa, o tempo de viagem não ultrapassa os 10 minutos e podemos chegar num quarto de hora, no máximo.
Mas, como em quase tudo o que faço, tento tirar o melhor partido.
A leitura ajuda-me a abstrair dos meus companheiros de viagem. A mão que ponho de vez em quando debaixo do nariz ajuda-me a esquecer os cheiros que me incomodam. E, a propósito, tenho um problema com a visão. Perdão, graças a Deus, não tenho problemas de visão, tirando os que são próprios dos quarenta e tais. Tenho, sim, problemas com a “Visão”, a revista. Mas eu explico: tem artigos bem escritos e interessantes, por isso muitas vezes a compro, mas é daquelas revistas, que, depois de uma primeira vista-de-olhos e da leitura da crónica do António Lobo Antunes, acabam por ir para o “papelão” com muito por ler.
A leitura ajuda-me a abstrair dos meus companheiros de viagem. A mão que ponho de vez em quando debaixo do nariz ajuda-me a esquecer os cheiros que me incomodam. E, a propósito, tenho um problema com a visão. Perdão, graças a Deus, não tenho problemas de visão, tirando os que são próprios dos quarenta e tais. Tenho, sim, problemas com a “Visão”, a revista. Mas eu explico: tem artigos bem escritos e interessantes, por isso muitas vezes a compro, mas é daquelas revistas, que, depois de uma primeira vista-de-olhos e da leitura da crónica do António Lobo Antunes, acabam por ir para o “papelão” com muito por ler.
Agora, antes de sair de casa, pego numa revista ou num jornal que cá esteja, e aí vamos os dois. Mas, voltando à Visão, a que levei hoje era, imaginem, de 17 de Abril. E desta vez ainda nem lera a crónica do Lobo Antunes! Intitulada “O precário fio dos dias”, é como tudo o que escreve, espantoso! Para quem não leu, deixo-a agora aqui. E não posso deixar de agradecer ao escritor a companhia que me fez. Obrigada, António. E "Aguente-se"!
Se andasse de carro, talvez já tivesse ido pôr as revistas antigas ao eco-ponto, e provavelmente teria perdido esta crónica!
6 comentários:
Que cantinho aconchegante este blog.
Olha a 'tia do limão' já anda de autobus. Pois faz muito bem! Eu também devia, mas três vezes por semana tenho mesmo de levar o carro (o ofício assim obriga!) e nos outros dois há uma boa alma que me leva no aconchego... se é que me entendes! Assim fui preguiçando e já ninguém me apanha na carreira, prefiro o metro ou ir a penantes para combater a celulite! Mas sabes, a vida ensinou-me a não dispensar um frasquinho de colónia de bebé para afundar o nariz em horas piores e um bom mp3 recheado de boa música para começar bem o dia e ouvir menos disparates logo de manhã... já bastam os meus pensamentos! ;)
beijinhos
Olha, também não tinha lido esta crónica do LA! Afinal ainda tenho que agradecer ao Sócrates o aumento dos combustíveis...
beijinho
"deixo aqui" a crónica, onde? eu também bem gostava de a ler, adoro as crónicas do ALA mas não vejo nada, pá
ah! já vi! credo. tens de mudar a cor dos links. ou bem que se lhes passa com o ratinho por cima ou não se vêem
Olha uma reclamação!
Exma. Sra. D. TCL,
Em resposta à sua reclamação, aliás a primeira que recebemos sobre este assunto, e porque não quero que lhe falte nada, vou mudar a cor dos links.
Pedindo desculpa pelo incómodo causado, apresento os meus melhores cumprimentos.
A "Gerente" do Vou pelo Sonho
(off the record: vou ver se descubro como se faz isso...)
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