terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Maus chefes

Mandaram-me hoje isto por e-mail. É o editorial, de 26/11, do "Destak", da autoria de Isabel Stilwell. O título é sugestivo, e nada que muitos de nós em algum momento não tenha já temido:
"Maus chefes provocam ataques de coração".
Mas provocam outras coisas, que também fazem mal: despesismo imoral, desperdício de recursos, etc., etc., etc.
Não resisto a deixar aqui o texto:

"Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco,
álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir
a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos,
fuja a sete pés dos chefes incompetentes e injustos, porque o efeito desta
gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o
estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores
homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.

A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e
o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua
saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de
empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais.
Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe,
de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.

Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era
independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que
pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que
tinham na sua conta bancária.

Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é
cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a
probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o
trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.

A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado,
sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à
hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador.
Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as
estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem
sê-lo."
E o que eu gostava mesmo é que alguém olhasse para este texto e para o estudo a que se refere (que não consegui encontrar) e "abatesse" mesmo essa gente, antes que mais de nós tenhamos ataques de coração ou que o nosso país se afunde de vez...

Sem comentários: