Voltei, depois de todos estes dias.
Primeiro, um fim-de-semana grande na Galiza.
Uma casa linda, com gente linda, por dentro e por fora. Uma mesa grande onde nos encontrávamos logo de manhã para o pequeno-almoço e onde voltámos para quase todas as outras refeições, todos juntos. Éramos sempre dez a esta mesa, com idades entre os 15 e os quase 80. Refeições animadas, muita conversa, muito riso, como eu gosto de um modo especial, talvez porque, por sermos poucos, a mesa em nossa casa nunca precisou de ser grande no dia-a-dia.
Foi assim que Santiago de Compostela se mostrou: linda, com as suas pedras escuras e muito verde nos jardins e nos canteiros bem tratados. A Catedral, imponente, recortava-se num céu azulíssimo e sem nuvens. E lá dentro, toda aquela história e todas as histórias que fazem de Santiago um dos grandes centros de peregrinação do Ocidente, sentimos uma atmosfera especial.
Primeiro, um fim-de-semana grande na Galiza.
Uma casa linda, com gente linda, por dentro e por fora. Uma mesa grande onde nos encontrávamos logo de manhã para o pequeno-almoço e onde voltámos para quase todas as outras refeições, todos juntos. Éramos sempre dez a esta mesa, com idades entre os 15 e os quase 80. Refeições animadas, muita conversa, muito riso, como eu gosto de um modo especial, talvez porque, por sermos poucos, a mesa em nossa casa nunca precisou de ser grande no dia-a-dia.
Foi assim que Santiago de Compostela se mostrou: linda, com as suas pedras escuras e muito verde nos jardins e nos canteiros bem tratados. A Catedral, imponente, recortava-se num céu azulíssimo e sem nuvens. E lá dentro, toda aquela história e todas as histórias que fazem de Santiago um dos grandes centros de peregrinação do Ocidente, sentimos uma atmosfera especial.
O calor que se fez sentir todo o tempo, permitiu-nos saborear um verão antecipado naquela zona, geralmente mais cinzenta e menos soalheira.
Passeámos na praia de Aguieira, perto de Noya, onde a ria parece um lago entre montanhas, numa paisagem muito calma, diferente de todas as praias que conhecia. Depois, levaram-nos a descobrir uma pequena península, a que apenas se chega a pé, por trilhos entre tojos e alfazema, com uma vista fabulosa: à esquerda, uma falésia alta e uma baía enorme, à direita uma praia pequenina, e ao fundo, na “ponta” da península, pelo monte acima, um Castro muito bem conservado. Fiz de conta que não tenho vertigens e, qual cabra-montez, trepei até ao castro, por cima das rochas, sem conseguir evitar fechar os olhos nas alturas em que o mar batia lá em baixo, mesmo a seguir aos meus pés. Como sempre, nas poucas vezes em que alguém me consegue convencer a aventurar-me nestas coisas, cheguei lá acima com as pernas a tremer, mas valeu mesmo a pena.
No último dia, Domingo, depois de um pequeno-almoço “daqueles”, descobrimos uma exposição de Dali “A Divina Comédia”, na Biblioteca de uma Universidade, mesmo ao pé da Catedral. Adorei, e ainda fiquei com mais pena de não me ter “mobilizado” para ir ao Porto ver a exposição dele que lá esteve o ano passado. Depois, fomos à missa do meio-dia à Catedral. Chegámos pouco antes da hora e ainda conseguimos instalar-nos nuns degraus de uma das entradas laterais, de maneira a podermos ver o “Bota-Fumeiro”. A Catedral estava apinhada de gente de todo o lado, mas não se ouvia uma mosca. Foi uma missa solene, com cânticos em latim, acompanhados por aquele órgão maravilhoso que é o mais antigo da Europa, e com orações rezadas em várias línguas, incluindo o português. No início, o Padre saudou todos os peregrinos presentes, tendo mencionado donde vinham e em que número. Só a “cerimónia” do incenso, depois da comunhão, demorou cerca de 5 minutos. E, no entanto, a missa demorou 45 minutos. (Eu não queria acreditar. Em Fátima, apesar do calor abrasador, do frio agreste, ou da chuva, as missas no Santuário, nunca demoram menos de uma hora e meia ou duas horas.)
Obrigada, C. e L., e S., J., C. e L. pelo excelente fim-de-semana. Adorámos a vossa casa, adorámos estar convosco e acho que quase consegui perceber o que vos fez mudar para a Galiza. Isso é lindo, aí. Mas às vezes, cá, tenho saudades vossas.
Depois, quatro dias em casa, para descansar e tratar de algumas coisas que só em férias conseguimos fazer sem stress.
De seguida, mais três dias em casa da Mãe, como dantes, como sempre. Mas não tão calmos. No primeiro dia, jantar com amigos num restaurantezinho da terra, onde os levámos para provarem o ensopado de enguias, o torricado e a açorda de sável. E onde o T. me perguntou: “Como é que nos conheces desde sempre e só agora nos trazes aqui?”
No dia seguinte, era dia de mercado mensal, tipo feira. Combinei ir com as minhas primas B., M. e A., que encontram sempre coisas fantásticas nestas coisas. Depois almoço no páteo de casa da B., com todas elas, o S., o T. e as crianças. Às cinco horas, Missa Flamenca, a abrir as comemorações do mês da cultura taurina, muito bem cantada pela Irmandade de Puebla Del Rio, Sevilha, que acabou bastante depois das seis… E a seguir, a inauguração de uma exposição, jantarada em casa de um amigo, e mais flamenco pelo grupo que cantara a Missa…
Depois, quatro dias em casa, para descansar e tratar de algumas coisas que só em férias conseguimos fazer sem stress.
De seguida, mais três dias em casa da Mãe, como dantes, como sempre. Mas não tão calmos. No primeiro dia, jantar com amigos num restaurantezinho da terra, onde os levámos para provarem o ensopado de enguias, o torricado e a açorda de sável. E onde o T. me perguntou: “Como é que nos conheces desde sempre e só agora nos trazes aqui?”
No dia seguinte, era dia de mercado mensal, tipo feira. Combinei ir com as minhas primas B., M. e A., que encontram sempre coisas fantásticas nestas coisas. Depois almoço no páteo de casa da B., com todas elas, o S., o T. e as crianças. Às cinco horas, Missa Flamenca, a abrir as comemorações do mês da cultura taurina, muito bem cantada pela Irmandade de Puebla Del Rio, Sevilha, que acabou bastante depois das seis… E a seguir, a inauguração de uma exposição, jantarada em casa de um amigo, e mais flamenco pelo grupo que cantara a Missa…
No Domingo, aproveitei para dormir até mais tarde e preparar-me para voltar a Lisboa e ao trabalho. Desta vez, nem tive tempo para me enroscar no sofá da sala e adormecer, como de costume, ali mesmo ao pé da lareira.
15 comentários:
Toda a parte norte de Espanha é linda: Galiza, Astúrias, Cantábria, País Basco e Navarra.
Costumo ir muitas vezes para a Galiza em meados de Outubro e ficar em Grove, terra do marisco.
Nunca falho uma visita a Santiago e à Coruña.
Este post fez-me ter saudades outra vez e ainda à pouco tempo lá estive.
Estava a ver que o relato da viagem não aparecia por aqui! É lindíssima a Galiza e um sítio muito especial para mim, cheio de aventuras e coisas muito boas... algumas inconfessáveis! Um dia conto-te o confessável... tenho muitas memórias boas dali!
Tenho saudades das minhas viagens pelo país vizinho!
Ainda bem que aproveitaste! Sabe sempre bem, não sabe? As minhas foram mais pequeninas, mas maravilhosas!
beijinhos
Mãezinha...TINHA SAUDADINHAS SUAS.(era eu a gritar)
Gosto quando a mãezinha escreve assim, sem se baralhar com os nomes dos sitios...Ainda bem que aproveitou!
BJs
Susana
Bem pode dizer ao T. que não é único. Ou melhor, tem mais sorte porque já lá foi. Eu ainda não tive esse convite. Talvez um dia vá ... pelo sonho.
M.
Ena, ganda programa de férias! Também adoro a Galiza, e já lá não vou há imenso tempo. E o bem que se come por lá???
Agora toca a voltar ao batente, que remédio...
Beijinhos
Que saudades, Rosarinho... das rias altas e baixas, da Corunha e dos seus eléctricos, de Santiago (chá no Hostal Reis Católicos), do fim de tarde em Ourense, da Lugo que mal vi por causa da chuva... e, claro, da zorza, do raxo, dos pimentos de Padrón, das vieiras, do polvo e do belo vinho... beijos e obrigado por partilhares memórias tão boas!
"Voltar ao batente" custa mesmo. Esta semana parece que nunca mais acaba. O que vale é que amanhã já é 6ª.
Continuo preguiçosa para escrever. Por isso, mando beijinhos para todos os que esperaram que eu voltasse aqui e que voltaram também.
Vou aqui confessar uma falha grave. Eu, que até já estive em sítios bem distantes, acho que só pus os pés na Galiza duas vezes, quando era mesmo catraia. lembro-me de ir a Vigo e tenho uma vaguíssima ideia de talvez ter passado por Santiago, mas nem tenho a certeza. grave...
Bem-Regressada seja, Querida Amiga. Tamb�m eu tenho, com um Amigo �ntimo, o projecto de peregrinarmos a Santiago. Mas a p� desde Braga. � cautela, j� tenho o tradicional chap�u dos romeiros, com a Cruz.
Beijinho
Então e não há post novo? Podias escrever sobre o estado do tempo!
beijos
p.s. Há um desafio para ti no cais
TCL,
Deixa lá, a gente gosta de ti na mesma!
Caro Réprobo,
Cá ficamos à espera da sua peregrinação e das suas impressões.
Sofia,
Isto está mesmo mau... nem para responder ao desafio dá, por agora. As minhas musas (ou musos?!) andam muito arredios.
Mas vou pensar nisso: um post novinho em folha sobre o tempo ou outra coisa qualquer. Exactamente sobre aquilo que na altura me der na gana, pode ser?
Mãezinha, concordo com a "tia" Sofia...podia escrever sobre o tempo! as alterações climatericas...Olhe que tal, enviar um mail lá para cima a reclamar? so para variar...
Bjs mt grandes
Susana
Susana!
Ai a "Tia Sofia"!!! Se você soubesse! Liiiiiiiiiiiindo!
Já mandei o tal mail ao São Pedro, (a Sofia também achou boa ideia nos comentários do post acima)mas ele respondeu-me que tem mais que fazer...
Beijo
Ah, é verdade: Alguém me diz quem é o "M","anónimo", que diz que "Talvez um dia vá ... pelo sonho"? E quem será o T. a quem eu posso "dizer que não é o único"???
Fico à espera. Obrigada.
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