Acho que tenho qualquer coisa de “Gabriela Cravo e Canela”. Quem não leu o romance de Jorge Amado? E quem não viu - os demasiado novos, claro - a primeira telenovela na RTP, há 31 anos? Lembram-se da Sónia Braga, muito novinha, sempre descalça, a dizer “Sapato não, Seu Nacib”?
Se eu pudesse, também andava descalça. Para mim, os sapatos são quase sempre, por mais fantásticos que sejam, uma coisa hostil. Idem para botas, sandálias, seja o que for. Se não magoam, cansam, o que é que querem? Mas não posso mesmo andar de pé nú, não é?
De entre todos os tipos de “protecção para pés” – odeio a palavra “calçado”, excepto quando usada como particípio passado do verbo “calçar”- botas, sapatos, sandálias, etc, prefiro as botas. Do mal, o menos. Ou sandálias, mas estas têm de ser mesmo muito confortáveis, e os dedos não podem “saltar” por entre as tiras, e as tiras não podem ser finas demais, nem grossas demais.
Nesta altura do ano a coisa complica-se: já está calor para botas, e ainda não dá para andar de sandálias. Por isso, é nesta altura que eu e os sapatos mais brigamos.
Mas eu é que devo ser complicada.
Há uns dez anos, depois de muitas horas de almoço a procurar com a minha amiga Vera, depois de literalmente ter “desfeito” mais uma sapataria, finalmente consegui comprar uns sapatos de que gostava. A Vera ficou tão aliviada, que pegou no telemóvel e ligou para os nossos colegas de trabalho, excitadíssima a participar o meu feito. Coitada, ela já não aguentava entrar comigo em mais sapatarias. Aproveito para acrescentar, para quem não a conhece, e caso ainda seja preciso depois desta história, que ela é mesmo boa pessoa.
Enfim, ao contrário de muitas das minhas amigas, não sou especialmente apreciadora de sapatos. Mas ontem, confesso, entusiasmei-me e comprei, não digo quantos.
Fui a uma sapataria novinha em folha, que abriu na 2ª feira, e que é projecto de dois “sobrinhos” meus, a M. e o D., um casal lindo, de quem gosto imenso. Se a M. não estivesse à espera de bebé, eu diria que a Zilian, a sapataria, é o primeiro filho dos dois.
Mas voltemos à sapataria. É enorme e bem decorada, como não costumam ser as sapatarias grandes onde já estive. E tem centenas de modelos de sapatos e sandálias de todas as cores, baixos, altos, com salto agulha, salto normal, com cunha, com fivelas, com laços, uma loucura. A sério. Tem modelos lindos e não são caros. De perder a cabeça. Apetece-me voltar lá. Como a loja não é longe, na António Augusto de Aguiar, corro um sério risco de ficar fanática por sapatos.
Segurem-me, senão qualquer dia dou pelo nome de Imelda!
Em memória da “ex-eu”, a do “sapato não!”, deixo aqui a "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi, pela voz da Gal Costa, que todos os dias entrava pelas nossas casas à hora da "Gabriela".
De entre todos os tipos de “protecção para pés” – odeio a palavra “calçado”, excepto quando usada como particípio passado do verbo “calçar”- botas, sapatos, sandálias, etc, prefiro as botas. Do mal, o menos. Ou sandálias, mas estas têm de ser mesmo muito confortáveis, e os dedos não podem “saltar” por entre as tiras, e as tiras não podem ser finas demais, nem grossas demais.
Nesta altura do ano a coisa complica-se: já está calor para botas, e ainda não dá para andar de sandálias. Por isso, é nesta altura que eu e os sapatos mais brigamos.
Mas eu é que devo ser complicada.
Há uns dez anos, depois de muitas horas de almoço a procurar com a minha amiga Vera, depois de literalmente ter “desfeito” mais uma sapataria, finalmente consegui comprar uns sapatos de que gostava. A Vera ficou tão aliviada, que pegou no telemóvel e ligou para os nossos colegas de trabalho, excitadíssima a participar o meu feito. Coitada, ela já não aguentava entrar comigo em mais sapatarias. Aproveito para acrescentar, para quem não a conhece, e caso ainda seja preciso depois desta história, que ela é mesmo boa pessoa.
Enfim, ao contrário de muitas das minhas amigas, não sou especialmente apreciadora de sapatos. Mas ontem, confesso, entusiasmei-me e comprei, não digo quantos.
Fui a uma sapataria novinha em folha, que abriu na 2ª feira, e que é projecto de dois “sobrinhos” meus, a M. e o D., um casal lindo, de quem gosto imenso. Se a M. não estivesse à espera de bebé, eu diria que a Zilian, a sapataria, é o primeiro filho dos dois.
Mas voltemos à sapataria. É enorme e bem decorada, como não costumam ser as sapatarias grandes onde já estive. E tem centenas de modelos de sapatos e sandálias de todas as cores, baixos, altos, com salto agulha, salto normal, com cunha, com fivelas, com laços, uma loucura. A sério. Tem modelos lindos e não são caros. De perder a cabeça. Apetece-me voltar lá. Como a loja não é longe, na António Augusto de Aguiar, corro um sério risco de ficar fanática por sapatos.
Segurem-me, senão qualquer dia dou pelo nome de Imelda!
Em memória da “ex-eu”, a do “sapato não!”, deixo aqui a "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi, pela voz da Gal Costa, que todos os dias entrava pelas nossas casas à hora da "Gabriela".
10 comentários:
Bom, prima, agora que aprendeste a pôr videos não queres outra coisa...
Esta "modinha para Gabriela" é uma delícia, já tinha saudades de ouvir isto! E quanto a sapatos, sou a antítese dela: ADORO! Falas-me numa nova sapataria? Já lá vou espreitar, não tarda nada. E o pior é que nunca consigo só espreitar...
Beijinhos
PS: Já experimentaste as "crocs"? (acho que é assim que se escreve). Dizem que é o mesmo que andar descalça...
Pois eu já não sou do tempo da Gabriela!
LOL
estou a imaginar a Rosarinho com umas crocs amarelas. Aquilo é confortável mas é feio!
Eu cá podem vir os sapatos, confortáveis, desconfortáveis, caros, do chinês, da feira, do supermercado... já não tenho é onde os pôr! Mas hei-de espreitar essa sapataria que estou a precisar de renovar a minha colecção e o fim do mês está quase aí!
beijinhos
p.s. Quando quiseres companhia para as compras, 'mi chama', que eu sou óptima pessoa nessas coisas!
Ó meninas, também não é preciso exagerar. Crocs? Não me estou a ver... Eu é mais Havaianas, tipo Mad, mas infelizmente só para a praia e quejandos.
Mas a sério, vocês as duas, Ana e Sofia, vão-se passar completamente na Zilian (de "brazilian", estão a ver?). Lá só não há mesmo aquelas marcas só de borracha. Mas garanto que não fazem lá falta.
Ah, e, embora não pareça, não tenho comissão. Mas gostei muito da loja e adoro os "miúdos". E tu conhece-los, Sofia - lembras-te de me teres dito que estiveram num jantar? Estás a ganhar em barriga à M., mas estão as duas "munta" giras.
Beijos para as 2.
Pois é, Ana, também não ouvia há séculos esta musiquinha deliciosa.
Olha uma coisa, a loja é deles? Então estou lá caída na certa! Sapatos brazileiros? Não me digas nada, são a minha perdição! Sabes aquelas sandálias brancas, lindas, do outro dia? São 'Made in Brazil', o que é que tu pensas, não é tudo do chinês!
A minha barriga ganha a todas! Para a semana mando fotografias actualizadas!
beijos
ps. Olha a dinâmica de comentários no teu blogue!
É, querida. Vai lá, que eles estão lá sempre, pelo menos agora nos primeiros tempos. Se não fores antes, para a semana vou lá contigo.
E agora vai fazer ó-ó, que isto não é o Messenger, e a "tia" já te mandou dormir há bocado, lembras-te? Ai, ai, ai...
Pronto, eu dou mais um beijinho. Durmam bem.
também posso ir? estou a precisar de sapatinhos para a nova estação e a descrição convenceu-me, tb sou adepta do pé nu. e tu, maria, não tens comissão mas parece mesmo
:-)
Mas hoje é noite da insónia?
Combinamos e vamos todas... podes não ter comissão Rosarinho, mas podias arranjar um desconto, né?
beijos
Ah ah ah...
eu também sou "Gabriela". Não tenho meio termo, passo das havaianas para as botas. os sapatos irritam-me e não me fazem gastar dinheiro. por mim andava sempre descalça. mas não pode ser. tenho um casamento daqui a duas semanas e não faço a mínima ideia do que é que irá nos meus pés...
...
Enviar um comentário