quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ai que caloooooooooooooooooor !

De repente, em qualquer lugar, quando ele aparece, o calor sobe a níveis desmesurados. Coro como há muito não corava. Os seus dedos deslizam-me pela nuca, pelo pescoço, pelo peito, com uma violência que só agora entendo. Transpiro tanto que as minhas mãos e o cabelo ficam molhados. Fico exausta. Basta. Tenho de afastá-lo, o que faço o mais vigorosamente que posso, abanando-me com o leque.
Tudo isto podia ser bom se ele não fosse apenas mais um afrontamento…


Ligo o ar condicionado, que aponto em cheio para mim, ou abro janelas, de maneira a fazer corrente de ar. Não adianta. O leque, que além do mais nos dá algum “salero”, é mesmo o melhor amigo da mulher durante a menopausa, por ser o mais eficaz inimigo dos afrontamentos.
Fotografia "roubada" à Sofia.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Quand on a que l'amour

Ando de poucas palavras...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Perfeito coração

Gaivota, de Alexandre O'Neill
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.
Afinal, isto é o que me apetece hoje. Que diferença, não é?

I'm (still) your fan

Se não fossem a Sofia e o Pedro e os seus comentários ao post anterior, estaria aqui às voltas e não conseguia acabar o que comecei ontem. Odeio fazer seja o que for que não perceba e, sinceramente, a linguagem informática não me diz nada. Lembrava-me lá que tinha que pôr isto em "modo Editar Html"! Ainda se eu soubesse o que é que isso quer dizer...
Cá ficam então as músicas que faltavam, e mais uma, que graças à dica do Pedro, encontrei noutro lado:

R.E.M. - First We Take Manhattan (vs. Joe Cocker) - começa com os R.E.M. e acaba com Joe Cocker; não é assim que está no disco, mas foi o que encontrei...



LLOYD COLE - Chelsea Hotel

JOHN CALE – Hallelujah


THE HOUSE OF LOVE - Who by fire

Obrigada, Sofia. Obrigada, Pedro.

E agora, se eu dissesse que hoje era outro tipo de música que me apetecia, zangavam-se comigo?

I'm your fan


Este foi o primeiro CD que tive, e quem mo deu foi um amigo muito especial. Ouvimo-lo enquanto jantávamos. Quando a música parou, levantei-me e disse "Vou só virar o CD". Fui gozadíssima, como se calcula. (Já nessa altura era distraída).
Adoro este CD, mas perdi-o. Ou melhor, acho que o emprestei, não sei já a quem, e desapareceu. E hoje era mesmo isto que me apetecia ouvir.
Gosto muito de Leonard Cohen e ouço-o bastante, mas hoje apetecia-me ouvir as suas canções com roupagens diferentes, mais coloridas, muitas vezes quase exóticas, como a versão de Suzanne pelo ugandês Geoffrey Oryema, por exemplo.
No Google encontrei a capa do disco e pude relembrar o que lá está:
1. The House of Love: Who by fire
2. Ian McCulloch: Hey, that’s no way to say goodbye
3. Pixies: I can’t forget
4. That Petrol Emotions: Stories of the street
5. The Lilac Time: Bird on the wire
6. Geoffrey Oryema: Suzanne
7. James: So long Marianne
8. Jean-Louis Murat: Avalanche IV
9. David McComb & Adam Peters: Don’t go home with your hard-on
10. R.E.M.: First we take Manhattan
11. Lloyd Cole: Chelsea hotel
12. Robert Foster: Tower of song
13. Peter Astor: Take this longing
14. Dead Famous People: True love leaves no traces
15. Bill Pritchard: I’m your man
16. Fatima Mansions: A singer must die
17. Nick Cave and the Bad Seeds: Tower of song
18. John Cale: Hallelujah
Depois estive horas no Youtube à procura das músicas (continuam, mais uma vez, por desfazer, as malas chegadas das férias inesperadas), mas só encontrei as assinaladas nesta cor, que agora queria pôr aqui... mas não estou a conseguir... Então não é que me esqueci outra vez como se põe música? Como se vê, continuo muuuuuito distraída...
Bolas! Vou dormir. Acho que o meu mal é sono.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Apontamentos do autocarro (1)

Ontem, no autocarro, duas mulheres à minha frente conversavam. Apesar da leitura, não pude deixar de ouvir:
- Então e o que é fizestes ontem?

- Olha, fui mais a minha nora ao free-shop de Alcochete.


Anda uma pessoa ocupada na sua vidinha, e não dá por nada... Então afinal o aeroporto já está feito? Não era só em 2013?

Se calhar também já temos TGV...

Bom resto de semana curtinha!

sábado, 7 de junho de 2008

Muitas flores!

Em segundos, eu era a própria Sissi da Baviera. Saí para os jardins naquele momento, a sentir o cheiro das flores. Pouco depois, voltava a entrar em casa com braçadas delas, de todas as cores. Agora era só escolhê-las, separá-las, e pô-las em jarras. O cheiro da Primavera em breve se espalharia pela casa.

Antes que isso acontecesse… voltei à realidade. Afinal, na minha varanda há sardinheiras e pouco mais e não sou imperatriz da Áustria... (E contudo, tenho uma vantagem: estou viva!)

Aqui fica o que me mandaram por e-mail, para que também possam criar o vosso jardim (*). Jardinagem - uma coisa boa para fazer este fim-de-semana. Basta clicar e arrastar o rato em qualquer ponto da página.
Divirtam-se e sonhem, que “o sonho comanda a vida”…!

(*) Isto fez-me lembrar o JG e as surpresas que nos fazia no seu fantástico blog Zoo Bizarro, de que tenho saudades.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Aconchegante

Sem desprimor para quem há tempos deu o prémio de “Blog Apaixonante” a este meu Vou pelo Sonho, quero deixar aqui, bem à vista, o que hoje recebi:
QUE CANTINHO ACONCHEGANTE ESTE BLOG.

Foi apenas um comentário ao post anterior, não um “prémio formal” daqueles que vão aparecendo por aí na blogosfera e que muitos põem em destaque. Li-o enternecida. Agradeço-o, como se acabasse de receber um presente valioso. O valor de um presente depende sempre de quem no-lo dá.

Gosto que as pessoas se sintam bem aqui. Gosto que venham aqui para se sentirem bem. Quero que se sintam em casa, aconchegadas. Disse-o no meu primeiro dia de blog, a 20 de Janeiro deste ano: “Esta casa é minha mas também é vossa e eu adoro receber os amigos”. E agradeci, à laia de discurso dos Óscares, a alguns amigos sem os quais este Sonho nunca se teria tornado real. Uma dessas pessoas foi precisamente quem hoje lhe chamou “cantinho aconchegante”.
Hoje só para ele, aqui fica outra vez, com um beijinho:
“Obrigada
- ao João, uma das pessoas que mais admiro - e ele sabe porquê, que há séculos insistia comigo para escrever, e mais recentemente para criar um blog.”

Se toda a gente fosse assim, este nosso cantinho que é o mundo podia ser muito mais aconchegante….


segunda-feira, 2 de junho de 2008

O precário fio dos dias

Faz hoje uma semana, comecei a ir trabalhar de autocarro. Não o fazia há muitos anos. Ou melhor, não era uma prática diária minha desde os tempos da Faculdade, e, confesso, tirando o impacto dos cheiros que de manhã custam ainda mais a suportar, até nem é mau de todo. A sério que não custa muito. Custa-me mais pensar que, fora algumas saídas à noite, passei a ser uma condutora apenas de fim-de-semana. Andar de transportes nem é assim tão mau, quando, como é o meu caso, temos autocarro directo casa/trabalho e vice-versa, o tempo de viagem não ultrapassa os 10 minutos e podemos chegar num quarto de hora, no máximo.
Mas, como em quase tudo o que faço, tento tirar o melhor partido.
A leitura ajuda-me a abstrair dos meus companheiros de viagem. A mão que ponho de vez em quando debaixo do nariz ajuda-me a esquecer os cheiros que me incomodam. E, a propósito, tenho um problema com a visão. Perdão, graças a Deus, não tenho problemas de visão, tirando os que são próprios dos quarenta e tais. Tenho, sim, problemas com a “Visão”, a revista. Mas eu explico: tem artigos bem escritos e interessantes, por isso muitas vezes a compro, mas é daquelas revistas, que, depois de uma primeira vista-de-olhos e da leitura da crónica do António Lobo Antunes, acabam por ir para o “papelão” com muito por ler.
Agora, antes de sair de casa, pego numa revista ou num jornal que cá esteja, e aí vamos os dois. Mas, voltando à Visão, a que levei hoje era, imaginem, de 17 de Abril. E desta vez ainda nem lera a crónica do Lobo Antunes! Intitulada “O precário fio dos dias”, é como tudo o que escreve, espantoso! Para quem não leu, deixo-a agora aqui. E não posso deixar de agradecer ao escritor a companhia que me fez. Obrigada, António. E "Aguente-se"!
Se andasse de carro, talvez já tivesse ido pôr as revistas antigas ao eco-ponto, e provavelmente teria perdido esta crónica!

domingo, 1 de junho de 2008

Uma Criança que Precisa de Nós, em S. Tomé

Ora aqui está, finalmente, uma iniciativa meritória, neste Dia Mundial. Foi a Ana, na Porta do Vento, que ma apresentou hoje.
Quem, como eu, sente S.Tomé - o sorriso branquíssimo e a pobreza daquelas crianças, aquele paraíso lindo, verdíssimo - que me marcou como mais nenhum lugar - não pode deixar de fazer qualquer coisa. Agora então, depois deste desafio, não temos mesmo desculpa. Afinal, ajudar não custa nada. Comecemos ainda hoje.

Aqui fica o desafio:

Diocese de São Tomé

Apadrinhamento à distância


A sua ajuda poderá ter um grande impacto na vida de uma destas crianças



A sua participação ou pedido de informações deve ser
dirigida ao Bispo D. Manuel Santos, CMF

Via email para: manuelsantoscmf@hotmail.com

D. Manuel Santos CMFDiocese de São Tomé São Tomé e PrincipeTel +23 992 9505


Uma escolha de paz para o desenvolvimento

- No mundo, e em particular em São Tomé e Príncipe, muitas crianças são vítimas diariamente da marginalização, da fome, das doenças, da violência e da pobreza.

- Neste país falta o acesso à alimentação, à água potável, à assistência médica, à educação de base, faltam os direitos fundamentais do homem.

- A Diocese de São Tomé e Príncipe, com esta campanha de apadrinhamento à distância, tem-se empenhado em representar os mais necessitados do mundo.

- O apadrinhamento à distância é um grande esforço de solidariedade humana e de participação no desenvolvimento dos povos.

- O apadrinhamento à distância aproxima-o de uma criança, da sua família e da sua comunidade, torna-o um elemento activo e participante no desenvolvimento e no crescimento das comunidades em vias de desenvolvimento e permite-lhe colaborar para a sensibilização de muitas outras pessoas como você.

A sua participação é essencial

- Receberá um postal informativo e descritivo dos programas que implementamos, bem como uma fotografia da criança que adoptará à distância.

- Durante o ano receberá também duas mensagens da criança, por ocasião das épocas do Natal e da Páscoa, e um relatório anual sobre o trabalho desenvolvido no terreno.

Apadrinhamento à distância significa desenvolvimento

- Não pretendemos unicamente distribuir fundos destinados à aplicação em situações de emergência. Visamos o planeamento de um projecto que construa, no decorrer do tempo, um instrumento moral e humano sólido e uma estrutura para o desenvolvimento no interior da comunidade local, da criança à família.

- Uma vez individualizada uma área de intervenção seleccionada pelos nossos contactos locais, laicos ou missionários, planificamos em conjunto com as famílias, operadores e autoridades locais, as intervenções de emergência que se impõem, que fazem parte de um programa para combater a longo prazo as causas que estão na base da pobreza.

- Através do contacto com a criança sustentada à distância, o seu apadrinhamento contribuirá para proporcionar à criança a escolha de um futuro, apoiará a sua família e contribuirá para o desenvolvimento e para o bem-estar da comunidade em que se insere.

- Por estes motivos, os nosso programas não se limitam a fornecer bens materiais e estruturais, mas alargam-se à participação e envolvimento das comunidades locais no fomento do desenvolvimento, por forma a torná-las autónomo para agirem como interlocutores directos dos seus direitos combatendo as causas da pobreza.

Uma longa amizade à distância

- Porque combatemos a pobreza juntos, o seu papel será tão importante como o nosso,
- Ajudando uma criança e a sua comunidade, num dos países mais pobres do mundo

- Dando vida a projectos a longo prazo que garantam melhores condições de vida e o respeito pelos Direitos do Homem;

- Aproximando-se de uma realidade distante através da fotografia de 1 criança, das suas mensagens e de informações sobre o seu percurso escolar.
Agora, é só contactar o Bispo de S. Tomé. Vamos a isso!
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ACRESCENTADO A 02 DE JUNHO:
Hoje logo de manhãzinha, tinha já no meu mail a resposta do Bispo D. Manuel. Embora na sua essência diga o mesmo, não é igual à que a Ana recebeu ontem. Acho muito importante sentirmos que a resposta é mesmo para nós, que não é "chapa quatro". Se tivesse dúvidas quanto a este projecto, ter-se-iam de algum modo dissipado agora, com a "pessoalização" desta resposta. Quero acreditar que, para este homem, também cada criança que pretende ajudar com a nossa ajuda é única e irrepetível.
Aqui fica:
"Agradeço a sua comunicação. Se conhece São Tomé sabe bem as carências que aqui se vivem no dia a dia. E as crianças são, sem dúvida, as mais afectadas. Por isso a iniciativa do apadrinhamento à distância é uma óptima maneira de contribuir para dar alguma possibilidade de uma vida melhor a uma criança. Para isso pedia-lhe que contactasse a CARITAS de Setúbal. É esta Instituição que está a coordenar esta iniciativa em Portugal. O contacto é: caritas.setubal@mail.telepac.pt Se houver mais alguma dúvida não hesite em contactar-me.
Que Deus a abençoe!
+ Manuel António Santos CMF"