quarta-feira, 23 de abril de 2008

Férias!

Boas notícias para mim:

Amanhã, 5ª feira,
é véspera de feriado,
o que quer dizer véspera de fim-de-semana de 3 dias.

Só tenho de trabalhar mais 1 (um) dia
e, depois, fim-de-semana (GRANDE)
seguido de... FÉÉÉÉÉRIAS!

E só volto à labuta no dia 5 do mês que vem.
Ou melhor, no dia 5 de Maio.
Dito assim ainda parece mais tempo!

Gosto mesmo de sonhar, não é?

"Gabriela Cravo e Canela" e os sapatos

Acho que tenho qualquer coisa de “Gabriela Cravo e Canela”. Quem não leu o romance de Jorge Amado? E quem não viu - os demasiado novos, claro - a primeira telenovela na RTP, há 31 anos? Lembram-se da Sónia Braga, muito novinha, sempre descalça, a dizer “Sapato não, Seu Nacib”?
Se eu pudesse, também andava descalça. Para mim, os sapatos são quase sempre, por mais fantásticos que sejam, uma coisa hostil. Idem para botas, sandálias, seja o que for. Se não magoam, cansam, o que é que querem? Mas não posso mesmo andar de pé nú, não é?
De entre todos os tipos de “protecção para pés” – odeio a palavra “calçado”, excepto quando usada como particípio passado do verbo “calçar”- botas, sapatos, sandálias, etc, prefiro as botas. Do mal, o menos. Ou sandálias, mas estas têm de ser mesmo muito confortáveis, e os dedos não podem “saltar” por entre as tiras, e as tiras não podem ser finas demais, nem grossas demais.
Nesta altura do ano a coisa complica-se: já está calor para botas, e ainda não dá para andar de sandálias. Por isso, é nesta altura que eu e os sapatos mais brigamos.
Mas eu é que devo ser complicada.

Há uns dez anos, depois de muitas horas de almoço a procurar com a minha amiga Vera, depois de literalmente ter “desfeito” mais uma sapataria, finalmente consegui comprar uns sapatos de que gostava. A Vera ficou tão aliviada, que pegou no telemóvel e ligou para os nossos colegas de trabalho, excitadíssima a participar o meu feito. Coitada, ela já não aguentava entrar comigo em mais sapatarias. Aproveito para acrescentar, para quem não a conhece, e caso ainda seja preciso depois desta história, que ela é mesmo boa pessoa.

Enfim, ao contrário de muitas das minhas amigas, não sou especialmente apreciadora de sapatos. Mas ontem, confesso, entusiasmei-me e comprei, não digo quantos.
Fui a uma sapataria novinha em folha, que abriu na 2ª feira, e que é projecto de dois “sobrinhos” meus, a M. e o D., um casal lindo, de quem gosto imenso. Se a M. não estivesse à espera de bebé, eu diria que a Zilian, a sapataria, é o primeiro filho dos dois.
Mas voltemos à sapataria. É enorme e bem decorada, como não costumam ser as sapatarias grandes onde já estive. E tem centenas de modelos de sapatos e sandálias de todas as cores, baixos, altos, com salto agulha, salto normal, com cunha, com fivelas, com laços, uma loucura. A sério. Tem modelos lindos e não são caros. De perder a cabeça. Apetece-me voltar lá. Como a loja não é longe, na António Augusto de Aguiar, corro um sério risco de ficar fanática por sapatos.
Segurem-me, senão qualquer dia dou pelo nome de Imelda!

Em memória da “ex-eu”, a do “sapato não!”, deixo aqui a "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi, pela voz da Gal Costa, que todos os dias entrava pelas nossas casas à hora da "Gabriela".


terça-feira, 22 de abril de 2008

Ouvir de olhos fechados

Agora que a Falabarata falou nisso, apetece-me ouvir outra vez. Escusam de a procurar neste filme, que o seu coro, o Coral Paradoxal, não é este. Podem até prescindir de ver o coro, a orquestra, o maestro Leonard Bernstein e a igreja onde este concerto teve lugar.
Mas não deixem de ouvir este Ave Verum Corpus, de Mozart.
Adoro. É lindíssimo, poderoso, e arrepia-me.
Experimentem ouvir de olhos fechados.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Cristo-Rei: Alberto João?

O que pensará disto o Cristo-Rei?

Hipótese 1: Quem é que este gajo pensa que é?
Hipótese 2: Quem é que os gajos pensam que o gajo é?
Hipótese 3: Mas, afinal, quem é esse tal Alberto João?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O "Portugal profundo" e o zelo do fisco

Senhor engenheiro ministro das Finanças da 5ª Repartição, 4º bairro,Chelas, Zona K,
Excelência

Zé Carlos & Soraia Vanessa vêm por este meio bufar junto de Vossa Excelência os gastos que fizeram anteontem, derivado ao matrimónio que contraíram, aqui ao lado, naquela igreja pré-fabricada que tem a cruz fluorescente em roxo, não sei se está a ver, é aquilo que parece a oficina do Chinas, mas em branco e sem pneus pendurados. Prontos.
Então é assim, tivemos que dar uma data de dinheiro ao senhor padre, mas ele não passou recibo, pelo que achamos que é de prendê-lo e mandar vir outro. Ao resisto com cervatória, o civil, sem ser pela igreja, esse também pagámos bué, mas esses Vossa Excelência já deve estar a mancar e sobre olho, derivado a serem da família, salvo seja, de Vossa Excelência.
Passamos então ao chamado vestido de noiva, o qual foi oferecido por uma senhora chamada Dona Clara que criou a minha esposa desde pequena, isto agora sou eu a escrever, o Zé Carlos, porque a Soraia foi à bica à Dona São, derivado a que a mãe dela teve de ir bulir para Barcelona e deve ter-se casado por lá, mas ninguém tem a certeza, derivado ao que não podemos, portanto, bufar junto de Vossa Excelência quanto é que custou o casório dela, se é que se casou mesmo, se não bufávamos e Vossa Excelência até era homem para nos fazer um desconto no IRS que eu sei que você era.
O dito vestido de noiva era da Zara e custou 19 euros, há quem ache caro à vista, mas até foi barato, a Dona Clara diz que estava em saldos e aproveitou. Como é de Verão, deve crescentar-se ao preço do vestido uma embalagem de parasitamor, que foi para a carraspana, genéricos, adquiridos na Farmácia da Dra. Lena (ficou de venda suspensa, por isso não tenho aqui a factura nem o número de contribuinte da Dra. Lena, senão juro que lhe mandava, até porque essa senhora deve estar cheia à custa do dinheirão que leva em preservativos e outros géneros de primeira necessidade, mas prontos, Vossa Excelência, de gatunos deve saber tudo).
Eu levei um fato do Manecas, que é central do Picheleira e mais ou menos do meu tamanho (n/c 128 396 288). Ele não me levou nada pelo fato, só tive que o mandar limpar na Tinturaria Tati, mas foi a minha esposa que o mandou e ela, como disse, foi à Dona São, por isso não tenho aqui a facturazinha, mas acho que é três euros, não sei é se é por peça ou todo.
Quanto ao copo de água, foi servido na já referida Dona São e pago pelo meu padrinho, o Toni (n/c 277 266 109), que me disse que foi um bocado caro, mas não dizia quanto porque não se diz. Mas é perguntar lá que a Dona São faz-lhe a conta. Éramos cinco homens, à média de umas quatro bujecas cada um e seis senhoras, incluindo a minha, que beberam três um compal laite, uma uma mini e duas só quiseram água, que foi uma seca prós brindes, derivado a que não se fazem saúdes com água. E quatro sandes de fiambre, duas de torresmos e um bolicau prá Sandrinha que levou as alianças, as cujas eram e voltaram a ser hoje do meu pai e da minha mãe.
A noite de núpcias não teve gastos, já íamos aviados.
Espero que Vossa Excelência fique satisfeito e que não me venha cá com coimas, porque neste preciso momento a Soraia já chegou e tenho de parar de escrever. Vossa Excelência sabe como é a vida de casado, se é que tem mulher que lhe pegue e interesse nelas (isto é eu na reinação, não leve a mal).
E aqui vai uma das fotos que o Asdrúbal nos tirou no dia do casamento, que é nosso amigo e o melhor fotógrafo aqui de Chelas. As fotos foram presente dele.
Pede deferimento, Zé Carlos e Soraia.




Nota: Esta "carta" foi-me enviada por e-mail. Não há dúvida de que os portugueses continuam a conseguir rir.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Até que enfim!

Viram? Já consegui pôr música aqui no Sonho!
Afinal, tal como o próprio blog, acabou por ser mais fácil do que me parecia.
Se forem já, o Eric Clapton ainda deve estar a cantar aí em baixo.

↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓
↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓
↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓

Dear Eric

Querido Eric,

Obrigada por me teres ligado. Foste um amor. Desculpa lá, mas só hoje consigo trazer-te aqui, com imagem e som. Se não fosse um mail que a Sofia me mandou hoje, ainda não era desta. Quando a vires, não te esqueças de lhe agradecer.

Da próxima vez cantas outra coisa, mas hoje, tem paciência, canta lá outra vez Somewhere Over the Rainbow. Pode ser?
Quando aqui voltares cantas o que quiseres, está bem? Afinal, eu gosto de todas, e tu sabes...

Beijinhos





sexta-feira, 4 de abril de 2008

Somewhere over the rainbow

Dois posts, em dois blogues amigos, duas versões de uma música que simplesmente adoro - Somewhere Over The Rainbow. Que bela ideia. Vou pôr aqui também uma das minhas versões favoritas, que hoje escolhi.
Nunca me canso desta música. A letra é fantástica e a melodia é daquelas que tanto pode embalar-me deixando-me melancólica, como pôr-me a dançar. Gosto sempre e não consigo deixar de gostar de quase todas as versões que já ouvi. E gosto tanto, quer da letra, quer da música, que, quase com o mesmo prazer, a oiço em vozes tão diferentes como as de Judy Garland, Katie Melua e Eva Cassidy (as duas versões de que falo no início), em dueto ou a solo, Norah Jones, Willie Nelson, Doris Day, o rotundo Israel Kamakawiwo'Ole acompanhado apenas pelo seu "ukulele", ou a pequenina de 6 anos Connie Talbot, que ganhou um concurso da televisão inglesa depois de comover o júri até às lágrimas, Sarah Vaughn, Jane Monheit, ou o grande Eric Clapton, que é a minha escolha de hoje. Simplesmente FABULOSA, claro.
Tudo isto é possível encontrar no Youtube e ainda mais, como uma versão que só hoje descobri e de que também gostei, de uns miúdos aparentemente "janadíssimos", Xarj e Sébastien Belaube. O facto de Somewhere Over The Rainbow ser sem dúvida uma das músicas da minha vida, deveria talvez tornar-me mais exigente. Mas, de uns muito e de outros menos, a verdade é que gosto sempre. E não há nada a fazer.

Somewhere over the rainbow
Way up high
There's a land that I heard of
Once in a lullaby

Somewhere over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true

Some day I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like lemondrops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh why can't I?
Some day I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like lemondrops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh why can't I?
(........ 1 hora depois ........ Irra. Não consigo. Desisto.)
Mais uma vez, não consegui pôr música no blog.
"Ai Eric, que pena! O que eu gostava de te ter aqui a cantar para mim, no Vou pelo Sonho, e eu a ver-te... Mas não deu para vires hoje, não é? Então desta vez tem que ser só assim: http://www.youtube.com/watch?v=t-X_KQvSSB8 Tá bem. Fica para a próxima, não é? Depois combinamos. Sim. Quando? Então ligas-me? Tá bem. Então vá. Dorme bem. Beijinhos."

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Eficaz, sério e garantido

Hoje encontrei na caixa do correio um papel pouco maior que um cartão de visita, que dizia isto:

“Professor Mestre …
Vindo do centro mais importante de Astrologia Africana, o grande cientista espiritualista e curandeiro, célebre médium. Conhecido em África, Europa e na Ásia. O contacto depende de vocês. Tem poderes para resolver todos os problemas, mesmo difíceis, em todos os domínios, por exemplo: Prender a pessoa amada, amor, fidelidade, previsão de vida e futuro, sendo eficaz, sério e garantido. Trabalho à distância com cola, athim e tartaruga africana. Sigilo absoluto.
Qualquer informação dirija-se ao Professor…”


Apetecia-me telefonar para perguntar:

  • E se a pessoa amada o prendesse a si, gostava? Hein?
  • Também prende amor, fidelidade, e previsão de vida e futuro? Isso é o quê?
  • Previsão de vida e futuro, significa que, para além do futuro também prevê vida passada ou presente? E de que serve “prever” passado e presente?
  • Trabalho à distância não é via Internet? Com cola, athim e tartaruga africana, é como? Cola sei o que é - por exemplo, aquela que dizem que cola cientistas ao tecto – e tartaruga africana também sei; “athim” aparece no Google como um dos nomes dados a Alá, o anãozinho da Branca de Neve que conhecemos por Atchim, e em substituição de “atchim” (espirro) e de “assim” (deve ser escrito por alguém “sopinha de massa”, ou melhor dizendo, “thopinha de matha”). Mas não estou a ver como faz “trabalho à distância” com estas coisas…
  • Será que põe cola na carapaça de uma desgraçada de uma tartaruga africana constipada e a manda espirrar a casa dos clientes?